O Sporting de Braga quer vencer sábado na receção ao Vitória de Guimarães, para a 16.ª jornada da I Liga de futebol, de forma a encurtar distâncias para quem está à frente, disse hoje o treinador Artur Jorge.

Depois do triunfo no reduto do Casa Pia (3-1), na ronda anterior, os bracarenses, quartos classificados, com 32 pontos, recebem os rivais vimaranenses, quintos (29), que somam três vitórias e um empate nas últimas quatro rondas, e o técnico rejeitou haver favoritismo dos ‘arsenalistas’ pelo fator casa e o ascendente sobre o vizinho nos últimos 15 anos.

“Não acho que possa haver uma comparação com o passado. Nos dérbis não há classificações ou vantagem de jogar em casa ou fora. Estamos merecidamente com mais três pontos e a nossa mentalidade é olhar para o FC Porto [terceiro classificado], com mais dois e o Benfica [segundo], com mais quatro. Queremos encurtar distâncias para quem está à frente sem estarmos muito preocupados com quem está atrás”, disse na conferência de imprensa de antevisão do primeiro embate da equipa em 2024.

Artur Jorge lembrou o seu passado como jogador e já como treinador nos clássicos minhotos e começou por dizer que a importância de jogar com o Vitória de Guimarães “é igual” a defrontar qualquer outro adversário, notando ainda assim que são jogos “que têm maior impacto na comunicação social e outra visibilidade”, mas que, “quando os jogos começam, os jogadores têm o mesmo empenho”.

“Percebo a carga emocional do dérbi para os adeptos e para dentro das equipas, mas o nosso pensamento é vencer e dar continuidade ao nosso trabalho. Teremos que ter uma personalidade muito grande e intensidade para sermos superiores”, disse.

O treinador dos bracarenses disse olhar para o Vitória de Guimarães “com respeito pelo que tem feito”.

“Conhecemos o adversário, como conhecemos todos os adversários. Percebemos os seus pontos mais característicos e mais fortes, assim como as suas fragilidades, e queremos anular a sua forma de jogar para vencer”, disse.

José Fonte está de regresso às opções depois de cumprir um jogo de castigo, em sentido contrário de Niakaté e Banza, melhor marcador do campeonato, ausentes em representação do Mali e Congo, respetivamente, na Taça das Nações Africanas (CAN2023), que começa a 13 de janeiro, na Costa do Marfim, mas o treinador diz olhar “sem lamentos” para a situação.

“A minha forma de estar é que o importante é termos todos os jogadores disponíveis e, quando não tivermos alguém, temos que nos dar satisfeitos com os que temos e dar oportunidade a outros, esperando que possam retribuir com bons desempenhos e mostrar porque fazem parte do plantel do Sporting de Braga”, disse.

O espanhol Abel Ruiz deverá ser titular no sábado, no lugar de Banza, sendo que o avançado conta apenas com um golo no campeonato, contra 14 do congolês.

“Já conversei com ele, mas não antes deste jogo. Sei da qualidade do Abel Ruiz e sei que, para ele e para nós, está abaixo das expectativas em termos de utilização, o que pode deixar um jogador menos satisfeito. Começou a época a jogar, mas perdeu espaço ‘só’ para o melhor marcador da I Liga”, notou.

O treinador elogiou o internacional espanhol: “É um profissional completo, de grande trabalho. Jogue 45, 75 ou cinco minutos, entra para ajudar e acrescentar, e agora vai ter oportunidade de jogar e mostrar todo o valor que tem. É um dos ativos mais fortes que temos”.

Álvaro Djaló recuperou da lesão que o afastou dos dois últimos jogos da equipa e é opção, enquanto Al Musrati continua de fora, lesionado.

Sporting de Braga, quarto classificado, com 32 pontos, e Vitória de Guimarães, quinto, com 29, defrontam-se a partir das 20:30 de sábado, no Estádio Municipal de Braga, jogo que será arbitrado por João Pinheiro, da associação de futebol de Braga.