A Associação de Adeptos Sportinguistas (AAS) pediu uma audiência ao ministro da Administração Interna, Rui Pereira, devido aos confrontos entre adeptos e a polícia registados no jogo Sporting-Benfica, da 20.ª jornada da Liga de futebol, na segunda-feira.
«Na sequência dos acontecimentos verificados na Bancada Sul do Estádio José Alvalade, [a AAS] requereu uma audiência ao Sr. Ministro da Administração Interna, Dr. Rui Pereira, para análise do sucedido e procura de uma solução que vise erradicar a violência dos recintos desportivos em Portugal, face à crescente ineficácia que a actual estratégia de segurança no futebol nacional vem evidenciando», lê-se num comunicado hoje divulgado.
Na véspera, o Sporting repudiou e condenou o que considera «o grave comportamento da Polícia de Segurança Pública durante o jogo (...), pelo manifesto excesso na actuação e pela flagrante dualidade de critérios da PSP no tratamento dos adeptos do Sporting e do Benfica».
«Com efeito, a coberto da justificação de arremesso de petardos, o corpo policial ali presente efectuou repetidas e desmesuradas investidas numa zona do estádio onde, para além de um grupo organizado de adeptos, estavam também famílias de sócios, provocando danos pessoais e materiais indiscriminadamente», acrescenta o comunicado.
A PSP fez cinco detenções, das quais três na sequência desses confrontos com seguidores do Sporting no topo sul, de que resultaram seis agentes feridos, e duas no exterior do recinto, antes do jogo, de adeptos identificados com o Benfica.
O clube defende que «as claques do adversário lançaram igualmente e em maior número tochas e petardos, tendo no entanto ficado impunes pelos incidentes de que foram responsáveis», não lhe restando dúvidas de que «a postura excessivamente agressiva [da PSP] foi ela própria instigadora de maior violência e de agravamento da tensão no estádio».
O Sporting entende que este é um comportamento repetido pela PSP em alguns jogos realizados em Alvalade, «o que motivou uma exposição efectuada em Setembro de 2010 pelo Sporting ao Ministério da Administração Interna», que «permanece até à data sem resposta», designadamente por factos ocorridos na época passada no Sporting-Benfica, das meias-finais da Taça da Liga, e no Sporting-Atlético de Madrid, da segunda mão dos oitavos-de-final da Liga Europa.
«O Sporting exige que o comportamento da PSP, como responsável pela manutenção da segurança pública nos espectáculos desportivos, se regule por valores de rigor, máxima isenção e sentido de responsabilidade, e nessa medida irá actuar na defesa dos seus direitos», conclui a nota.
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