O antigo guarda-redes do FC Porto Vítor Baía disse hoje, em comunicado, que as suas palavras, vistas como críticas aos “dragões”, foram “incrivelmente descontextualizadas”.
Numa visita a uma escola do Porto, Vítor Baía afirmou que aquilo que alcançou ao serviço dos “dragões” teria tido outra dimensão no Benfica ou no Sporting e disse esperar “ser ainda muito útil” aos portistas.
“Se aquilo que consegui no FC Porto fosse no Benfica ou no Sporting acredito que teria outra repercussão, outra dimensão. Vejo, e muito bem, o Benfica a homenagear os seus campeões da Europa quase 50 anos depois com uma vitalidade e de uma forma muito positiva”, analisou.
“Tenho momentos marcantes na minha carreira que por eu ser jogador do FC Porto não tiveram o destaque merecido por parte de alguns órgãos de comunicação social, que são rápidos e não olham a espaços para destacar os feitos de companheiros de profissão de outros clubes”, afirmou.
Na mesma visita ao estabelecimento de ensino, Baía defendeu que “o FC Porto tem uma estratégia muito fechada, muito para dentro, e isso também não ajuda” e que o “clube não faz tudo que está ao seu alcance para potenciar a imagem dos seus jogadores actuais e dos que deram muito ao clube”.
Em comunicado, o antigo guarda-redes voltou a realçar que o FC Porto “é realmente um clube fechado”, mas defendeu que apenas se referia “à expansão da marca, departamento pelo qual era responsável”.
“Na minha opinião, as conquistas internacionais poderiam ter sido potenciadas de outra forma. Em relação à política desportiva conduzida pelo presidente, sempre a defendi, e os resultados assim o comprovam”, afirmou.
No mesmo documento, Baía diz não admitir que coloquem em causa o amor ao clube “de sempre e para eternidade”.
“O FC Porto está no meu sangue e, sim, tenho ainda muito para dar ao clube”, afirmou.
Vítor Baía disse ainda que “é com satisfação” que vê Helton, a quem adianta ter ajudado a saber o que é ser guarda-redes no FC Porto, “com a braçadeira de capitão e a fazer uma excelente época”.
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