A primeira volta da I Liga portuguesa de futebol rendeu 371 golos, à média de 2,44 por encontro, um ‘trambolhão’ de 51 tentos em relação ao recorde absoluto (422) de há um ano.

Na 25.ª vez que o campeonato se disputa com 18 equipas (1989/90, 1991/92 a 2005/06 e desde 2014/15), para um total de 34 jornadas, o registo a meio – e com um jogo por disputar – esteve longe da sensacional marca de 2021/22.

Ainda assim, os 371 tentos superam os 368 de 2019/20 e os 361 de 2020/21 (361) - ficando como o segundo melhor registo das derradeiras quatro edições -, mas ficam longe dos 406 de 2017/18 ou dos 394 de 2018/19.

Em termos coletivos, o líder Benfica, com 43 golos, e o campeão em título FC Porto, com 41, foram os que mais contribuíram para o total, logo seguidos pelo Sporting de Braga, que ficou perto, com 39.

Ainda assim ‘águias’ (49 em 2021/22, o melhor registo em 17 jornadas desde a versão 1975/76 do Benfica, que somou 54) e ‘dragões’ (44) ficaram abaixo do que produziram na época passada.

Por seu lado, o Sporting de Braga, que há um ano somava os mesmos 32 do Sporting, melhorou a sua prestação - ao somar mais sete golos -, tal com os ‘leões’ (mais um).

Há um ano, e abaixo do top 4, Gil Vicente (26 golos), Vitória de Guimarães (24), Estoril Praia (23), Marítimo, Famalicão e Tondela (22) ficaram acima das duas dezenas de golos, enquanto em 2022/23, só o Arouca (22) o conseguiu.

O Vizela, com 19 tentos, foi a outra equipa que ficou com média superior a um golo por jogo, o que não aconteceu com as restantes 12 formações – Gil Vicente e Rio Ave, em 17 jogos, e Estoril Praia e Boavista, em 16, igualaram esse registo.

No que respeita a goleadas (vitórias por quatro ou mais golos de diferença), registaram-se apenas 13, com destaque para o 6-0 do Sporting de Braga em Arouca.

Individualmente, foi um português a impor-se, o jovem avançado benfiquista Gonçalo Ramos, o tal que ‘roubou’ a Cristiano Ronaldo o lugar de ponta de lança na seleção das ‘quinas’, ao somar 12 golos.

Ramos é perseguido de perto pelo espanhol Fran Navarro, que conta 11, apesar de o Gil Vicente ter apenas 17 – ostenta impressionantes 64,7% dos golos da equipa de Barcelos -, e pelo iraniano Taremi, do FC Porto, com 10.

Seguem-se o ‘leão’ Pedro Gonçalves, ‘rei’ dos golos em 2020/21 (23), com nove, e o bracarense Ricardo Horta, que é o melhor marcador da história dos ‘arsenalistas’ e esteve a um passo da Luz no início da época, com oito.

Destaque ainda para o facto de Taremi ter ‘escrito’ o único ‘hat-trick’ da primeira volta, na receção ao Arouca (5-1, à 14.ª jornada), e para os quatro ‘bis’ de Gonçalo Ramos, face a Marítimo, Rio Ave, Gil Vicente e Sporting, sempre na Luz.