
Benfica e Sporting de Braga são os únicos clubes, entre os seis primeiros classificados da Liga portuguesa de futebol da época passada, a registar lucro nas transacções de jogadores no corrente “mercado”.
Levando apenas em linha de conta as transferências efectuadas e confirmadas até à data, benfiquistas e bracarenses são os únicos “europeus” a registar saldo positivo na contabilidade de entradas e saídas de jogadores.
O Sporting de Braga, que conta com 12 novos atletas, a maioria contratada a custo zero, foi o que mais lucrou com transferências de jogadores, sendo que apenas Baiano, Henrique, Rodrigo Galo e Zé Luís obrigaram os bracarenses a “puxar” do livro de cheques.
Para os mais de seis milhões de lucro dos “arsenalistas”, contribuiu de forma decisiva a saída do lateral Sílvio para o Atlético de Madrid, por oito milhões de euros, naquela que foi a única transferência a render dinheiro aos minhotos.
Apesar de ser o clube que mais gastou em contratações até ao momento (perto de 28 milhões de euros), o Benfica realizou um importante encaixe financeiro com a venda de Fábio Coentrão para o Real Madrid, decisivo para obter um lucro próximo do milhão de euros.
No entanto, o valor pago pelos “merengues” (30 milhões) não vai na totalidade para os cofres do Benfica, já que os “encarnados” haviam alienado 20 por cento do passe à Benfica Stars Fund.
Quanto aos 17 novos futebolistas, destacam-se o belga Axel Witsel (ex-Standard Liége), contratado por 6,5 milhões, o argentino Enzo Pérez (ex-Estudiantes), avaliado em 5,5 milhões de euros, e o brasileiro Bruno César (ex-Corinthians), que custou 5,3 milhões.
Atrás do Benfica, surge o Nacional da Madeira, sexto classificado na última temporada, que mantém o equilíbrio das finanças, já que apenas contratou jogadores em final de contrato e viu sair Rafael Bracalli e Bruno Amaro na mesma situação.
Com o Vitória de Guimarães inicia-se a tabela dos mais gastadores. O conjunto da "cidade berço" contratou oito jogadores, entre eles o uruguaio Jean Barrientos, que custou cerca de 1,2 milhões de euros aos cofres do clube, verba suficiente para deixar as contas no negativo.
Atrás dos vitorianos, surge o Sporting, com um saldo negativo superior aos 15 milhões de euros. Apesar de ter contratado tantos jogadores quanto o Sporting de Braga (12), os "leões" já desembolsaram perto de 16 milhões de euros, mas ainda não realizaram qualquer encaixe significativo.
O ponta de lança holandês Ricky van Wolfswinkel, ex-Utrecht (5,4 milhões), e o extremo espanhol Diego Capel, ex-Sevilha (3,5), obrigaram a mais de metade do investimento, enquanto nas saídas, apenas o francês Sinama-Pongolle proporcionou algum encaixe financeiro, com o empréstimo ao Saint-Etienne.
Já o campeão FC Porto aparece no último lugar deste grupo “europeu”, tendo visto esta semana as contas caírem ainda mais no negativo, após ter confirmado a contratação do brasileiro Danilo (ex-Santos), por 13 milhões de euros.
A aquisição do médio - segunda mais cara de sempre por parte de um clube português, apenas superada pelo também portista Hulk – elevou o saldo negativo dos campeões nacionais para perto dos 19 milhões de euros.
Ainda sem qualquer encaixe realizado com a venda de atletas, o FC Porto conta com seis caras novas no plantel às ordens de Vítor Pereira, sendo que, além de Danilo, também Kelvin (dois milhões), Kléber (2,4) e Iturbe (1,5) obrigaram os “dragões” a desembolsar dinheiro.
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