O Benfica emitiu um comunicado onde desmente oficialmente ter contratado Fernando Rocha, sobrinho do técnico do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça José Silva, detido esta terça-feira pela Polícia Judiciária no âmbito da operação E-Toupeira. A informação tinha sido avançada pela revista Sábado.
Leia o comunicado na íntegra:
“A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD esclarece que é falsa a informação veiculada por alguns órgãos de comunicação social de que Fernando Rocha, sobrinho de um funcionário judicial, teria sido contratado pelo Sport Lisboa e Benfica e trabalharia no Museu Benfica Cosme Damião.
Essa informação carece de qualquer fundamento sério porque invoca o nome de alguém que não pertence, nem nunca pertenceu, aos quadros profissionais de qualquer estrutura do Sport Lisboa e Benfica e Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD.
Quanto a nós conviria apurar a responsabilidade pela divulgação desta gravíssima falsidade.”
A Polícia Judiciária deteve, esta terça-feira, duas pessoas, entre as quais o assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves, por suspeitas de corrupção, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal. Os dois detidos, que não são identificados no comunicado, vão ser sujeitos a primeiro interrogatório judicial.
Em comunicado, a PJ refere que, no âmbito da operação ‘e-toupeira’ foram realizadas trinta buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa, que levaram à apreensão de relevantes elementos probatórios.
Nesta investigação, iniciada há quase meio ano pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção, averigua-se “o acesso ilegítimo a informação relativa a processos que correm termos nos tribunais ou departamentos do Ministério Público a troco de eventuais contrapartidas ilícitas a funcionários”.
Paulo Gonçalves foi constituído arguido no caso dos emails em 19 de outubro, na sequência de buscas da Policia Judiciária ao clube.
Desde maio que o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, tem acusado o Benfica de influenciar o setor da arbitragem e apresentou alegadas mensagens de correio eletrónico de responsáveis ‘encarnados’, nomeadamente de Paulo Gonçalves e Luís Filipe Vieira.
De acordo com informações avançadas pela Sábado, também terá sido detido um técnico de informática do Instituto de Gestão Financeira e Equipamento da Justiça (IGFEJ), por suspeitas de corrupção passiva.
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