Depois da derrota no Bessa, o Benfica chegou a temer o pior na segunda deslocação ao Norte para o campeonato, no entanto, conseguiu sair de Barcelos com os três pontos (3-2), que permitem ao campeão colar-se provisoriamente ao grupo da frente. Mesmo chegando à vantagem cedo, num penálti cobrado por Di María, e depois de Rafa dar alguma tranquilidade, os encarnados não conseguiram matar o jogo e ainda sofreram um pouco. Musa voltou a mostrar frieza a partir do banco, mas o Gil Vicente fez com que a incerteza se mantivesse até ao fim.

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Apesar da exibição decisiva frente ao Estrela da Amadora, David Neres voltou a começar no banco, enquanto Samuel Soares manteve-se na baliza (com Vlachodimos fora das contas), tal como Aursnes na lateral esquerda. A entrada de Florentino para o lugar que tem sido de João Neves acabou por ser a única novidade no onze encarnado.

O Benfica sentiu dificuldades em furar a muralha gilista – a jogar com a mesma equipa que saiu derrotada de Guimarães – e só aos 13 minutos conseguiu ameaçar a baliza, com Florentino a a cabecear para as mãos de Andrew na sequência de um livre estudado.

Logo a seguir, já em esforço, João Mário enviou a bola para a bancada, mas aos 17’ sofreu um pisão de Marlon na área, que deixou o árbitro sem margem para dúvidas. No momento de converter o penálti, Di María mostrou toda a sua experiência: enganou Andrew e fez um passe para a baliza.

Mais confortável no jogo, o Benfica podia ter feito o 2-0 pouco depois por Arthur Cabral (22’), que apareceu no coração da área para o desvio de cabeça, obrigando Andrew a uma defesa apertada.

O Gil Vicente só conseguiu esboçar uma reação perto do intervalo, num remate de Fujimoto que saiu ao lado, e depois numa cabeçada de Rúben Fernandes a uma bola bombeada para a área, que resultou na primeira grande intervenção de Samuel Soares desde que assumiu o lugar de Vlachodimos.

O descanso não abrandou o Benfica, e depois de duas oportunidades travadas por Andrew, o guardião do Gil Vicente nada pôde fazer perante o desvio de Rafa, com a barriga, a concluir uma jogada de transição iniciada pelo próprio, em que João Mário abriu à esquerda para Aursnes cruzar para o coração da área (54').

Aos 61' Rafa foi apanhado em fora de jogo, travando um lance que ainda acabou com a bola dentro da baliza - seria autogolo de Gabriel Pereira. Não se festejou o terceiro, mas foram muitos os aplausos dos adeptos para David Neres, que saltou do banco para render João Mário, perante os rumores de uma possível saída para o Zenit.

Rafa teve nova oportunidade para bisar, mas o remate saiu por cima da trave, e no minuto seguinte foi o Gil Vicente a fazer o 2-1. No meio de três jogadores encarnados, Touré conseguiu rodar e rematar com o pé esquerdo, relançando a partida (74').

Schmidt aproveitou para mudar a dupla de médios, que estavam ambos amarelados, lançando João Neves e Chiquinho. Já nos descontos, Rafa deu lugar a Musa que, na primeira vez em que tocou na bola, fez o 3-1 que só não arrumou logo com o jogo porque Maxime Dominguez (90+8), de livre, ainda fez os gilistas acreditarem no empate. Não houve surpresa no fim, é certo, mas o 3-2 ajusta-se perfeitamente ao que aconteceu em campo.