Um golo de Bruno Moreira, aos 78 minutos, impediu hoje o Paços de Ferreira, no terceiro lugar da I Liga de futebol, de vencer o Nacional e somar o quarto triunfo consecutivo, em encontro da 19.ª jornada.
Cícero inaugurou o marcador, aos 22 minutos, para o Paços de Ferreira, a equipa que melhor se adaptou às condições adversas do terreno ao longo do encontro, mas o querer e alguma felicidade do Nacional acabam por explicar a divisão de pontos.
André Leão foi a novidade no "onze" do Paços de Ferreira, depois do jogo de suspensão cumprido na vitória no reduto do Sporting de Braga (3-2), enquanto no Nacional João Aurélio, Manuel da Costa e Mateus regressaram à equipa, em substituição do castigado Marçal, expulso no empate com o Benfica (2-2), Jota e Revson.
Na antevisão ao encontro, os dois técnicos tinham perspetivado dificuldades e um jogo aberto, mas as condições meteorológicas (chuva e terreno pesado) prejudicaram o espetáculo.
Os insulares traziam a lição bem estudada e povoaram o meio-campo, criando uma teia que servia, em simultâneo, para atrair os jogadores contrários e dificultar-lhes a saída pela zona central com a bola jogável, e, no ataque, tinham elementos com velocidade e qualidade suficientes para deixarem os locais de sobreaviso.
Aos 13 minutos, surgiu o primeiro remate a uma das balizas, no caso protagonizado por Josué, após triangulação no ataque pacense, num primeiro sinal da forma como os locais começaram a desfazer a teia, com permutas constantes de jogadores, o que dificultava as marcações contrárias.
Vítor, aos 16 minutos, obriga Gottardi a defender para canto um centro-remate da direita, antecipando o golo de Cícero, aos 22, aproveitando um ressalto na área do Nacional, cuja defesa não conseguiu desfazer um primeiro centro da esquerda.
O golo pacense obrigou Manuel Machado a rever a estratégia e a opção recaiu na entrada de Jota, um médio mais ofensivo que Moreno, "muito igual" a Manuel da Costa, pelo que foi preterido no jogo, oferecendo mais intensidade na zona de construção da equipa insular.
Mas seriam os locais a ficar mais perto do golo, em remates de Hurtado e Cícero, contra apenas um cabeceamento de Diego Barcellos às malhas laterais, aos 41 minutos.
O Paços de Ferreira voltou a controlar o jogo na segunda parte, conseguindo ser a formação que mais vezes levava a bola á área contrária, mas as alterações no Nacional, nomeadamente a entrada de Mário Rondón, viriam a ser recompensadas, com alguma felicidade, num lance em que o ex-pacense ganhou a bola e serviu Bruno Moreira, que desfeiteou Cássio.
Até ao final, o Paços tentou tudo e o jogo ficou mais partido, mas o resultado não voltou a sofrer alterações.
Com este empate, o Paços de Ferreira manteve o terceiro lugar, agora com 35 pontos, mas pode perder terreno para os adversários diretos Sporting de Braga, quarto, e Rio Ave, no quinto lugar, e adversários no jogo de segunda-feira, enquanto o Nacional faz 20 pontos.
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