A troca de argumentos entre Sérgio Conceição e Rui Vitória pode não ter conhecido o seu fim. Na sexta-feira, na antevisã do jogo com o SC Braga, o técnico do Benfica falou das críticas e posteriores desculpas de Sérgio Conceição, que o tinha comparado a um boneco. O técnico do FC Porto pediu desculpas mais tarde, admitindo que tinha sido menos feliz. Rui Vitória lembrou que nunca passou certos limites e que nunca faltou ao respeito a ninguém. Algo que Conceição registou e comentou este domingo.
"Tenho muito pouca vontade de me alongar mais e de falar mais, mas quero esclarecer uma coisa muito importante. Não voltei atrás naquilo que disse, lamentei apenas que um exemplo menos feliz da minha parte tenha sido elevado a uma ofensa. Não quis ofender, falei apenas de incoerência. Assumo responsabilidades assim porque sou frontal, porque sou direto. Se mandar indiretas não posso assumir responsabilidade do que digo. Eu assumi o que disse e vim aqui, depois do exemplo menos feliz que dei, e lamentei. Não tenho que pedir desculpa a ninguém, foi um exemplo menos feliz que fez quase com que parasse Portugal e que eu visse ontem nos jornais palavras como revolta, resposta... Não é nada disso, nada disso. Eu tenho respeito por toda a gente, tenho respeito pelo nosso roupeiro, tenho respeito por uma instituição, seja a minha ou seja outra", começou por dizer, antes de falar na questão do respeito.
" Tenho respeito pelos roupeiros rivais, vendedores de pipocas, pelos treinadores, tenho respeito pelos presidentes, por toda a gente. Porque o verdadeiro limite no futebol é mesmo esse respeito pela verdade desportiva. Isso é que é um limite no futebol, é o respeito pela verdade desportiva. E com isto quero concluir, porque aquilo que tem de falar por mim são os resultados, é a minha equipa, é o futebol que nós praticamos. Isso é que é importante realçar. Não sou um yes man, não faço parte desse grupo de pessoas que são mais dadas a dizer sim do que por vezes não. Eu digo o que sinto, o que penso, fui assim como jogador, fui assim sempre como treinador desde que comecei como adjunto na Bélgica e que cheguei ao patamar onde cheguei, ao FC Porto. Ponto. O verdadeiro limite é a verdade desportiva. Depois, o limite para mim, naquilo que é o meu discurso, pode não ser para o outro. É por isso que respeito um vendedor de pipocas, um colega de trabalho, um outro treinador de futebol, um roupeiro... Respeito verdadeiramente. Aquilo que disse em relação ao exemplo que dei na semana passada acerca de um outro treinador foi menos feliz da minha parte, lamento. Não estou a pedir desculpa a ninguém, estou a dizer que lamento. Neste momento, a incoerência de que falei, continuo a reafirmar. Continuo a dizer. É só isto, ponto final. Tenho que falar é da minha equipa e dos bons resultados que temos feito, isso é que é importante", completou.
O Estoril - FC Porto, da 18.ª jornada da I Liga, está marcado para às 21h00 desta segunda-feira.
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