O Vitória de Guimarães, da I Liga portuguesa de futebol, realçou hoje, em comunicado, que as medidas hoje anunciadas pelo primeiro-ministro António Costa continuam a discriminar a modalidade e todo o desporto, apesar dos avanços.
Para o emblema vimaranense, que integra a direção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, o desporto foi discriminado nas medidas para “controlar a pandemia”, que, a partir de segunda-feira, preveem o acesso a eventos culturais com a apresentação de certificado de vacinação, mas não a recintos desportivos, que continuam a exigir teste negativo a quem não tem dose de reforço há mais de 14 dias”, “salvo decisão da Direção-Geral da Saúde” (DGS).
“À luz das medidas agora anunciadas, os espetáculos culturais deixam de obrigar à apresentação de testes negativos para quem possua um certificado de vacinação, o que sendo obviamente um importante sinal para os agentes da cultura e respetivos públicos, constitui uma diferenciação que o futebol e o desporto não podem deixar de registar negativamente”, lê-se na nota emitida hoje.
Para o clube de Guimarães, o “futebol, o desporto e os seus públicos” têm demonstrado “ao longo dos meses de reabertura do acesso aos recintos”, com “um grande sentido de responsabilidade e de comportamento cívico”, não havendo “notícias de causalidade entre os espetáculos desportivos e surtos de infeção”.
O Vitória reconhece a dispensa do público com a “dose de reforço de vacinação” da “obrigatoriedade de testagem” é um avanço, mas também uma “discriminação” face aos “grupos” ainda “não abrangidos pela possibilidade de reforço de vacinação”, que se veem “na contingência de continuarem a realizar testes para acederem a estádios e a pavilhões”.
“As faixas etárias mais jovens continuam a ter um obstáculo à frequência dos espetáculos desportivos”, assinala o comunicado.
Apesar de compreender a “imprevisibilidade da evolução da pandemia e os superiores interesses da saúde pública”, o clube vitoriano vincou que o “período de retoma é absolutamente decisivo para que o futebol e o desporto possam voltar a fidelizar os seus públicos”, depois de estádios e pavilhões “vazios” durante “quase ano e meio”.
“O Vitória entende, e já o manifestou aos mais altos responsáveis pelo setor, que o futebol e o desporto devem posicionar-se claramente contra todas as decisões que sejam lesivas dos seus públicos”, lê-se.
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