Diplomatas de mais de uma dezena de países passaram hoje pela Embaixada de Portugal na China para assinar o Livro de Condolências pela morte de Eusébio, ilustrando a projeção internacional do antigo jogador portugues.
Por coincidência, o primeiro da lista, às 10h30 (hora local), foi um diplomata de Moçambique, terra natal de Eusébio, que descreveu o jogador como «grande patriota» e «uma referência na irmandade entre Moçambique e Portugal».
Eusébio foi «um génio do esporte» e «o rei do futebol português», escreveu uma diplomata brasileira.
Dois representantes da Associação Chinesa de Futebol (CFA) também assinaram o Livro de Condolências, depois de se terem inclinado três vezes diante do retrato de Eusébio, como manda a tradição local.
Numa carta enviada hoje à Federação Portuguesa de Futebol, a CFA manifestou hoje «profundo pesar» pela morte de Eusébio, qualificando o antigo jogador português como «um dos maiores da História» da modalidade, cujo «talento e personalidade marcaram uma época».
«O seu extraordinário desempenho atraiu ao futebol gerações de jovens do mundo inteiro», diz a carta, assinada pelo secretário-geral e vice-presidente da CFA, Zhang Jian.
Um estudante português residente em Tianjin, a cerca de 120 quilómetros de Pequim, escreveu: «Que surjam muitos mais (como Eusébio) que nos inspirem a lutar pelos sonhos».
Foi a primeira vez que um Livro de Condolências foi aberto na Embaixada de Portugal na China, disse um dos mais antigos funcionários da representação diplomática do país em Pequim.
Eusébio morreu no domingo em Lisboa, vítima de paragem cardiorrespiratória. Tinha 71 anos.
Ao longo da sua carreira, ganhou a Bola de Ouro, em 1965, e conquistou duas Botas de Ouro (1967/68 e 1972/73).
No Mundial de 1966, em Inglaterra, que Portugal terminou em 3.º lugar, Eusébio foi considerado o melhor jogador da competição e o melhor marcador, com nove golos.
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