Fary fez esta segunda-feira o seu último jogo pelo Boavista. O avançado senegalês pendura as chuteiras aos 40 anos, sem antes cumprir uma promessa: devolver o Boavista ao convívio dos grandes. Esta segunda-feira, com muita emoção a mistura, entrou aos 44 minutos, tendo recebido uma ovação de pé.
"Quero agradecer a todos os clubes por onde passei, do Montemor, ao Beira-Mar, Aves, Boavista. Agradecer a Portugal inteiro que gosta de mim e sempre mostrou respeito por mim. Obrigado a Portugal e ao Boavista", disse o atacante à Sport TV, no final do jogo que terminou com a derrota dos axadrezados ante o Nacional por 1-0.
Na hora de dizer adeus, o atacante de 40 anos não soube precisar qual terá sido o momento mais alto da carreira.
"Ponto alto da carreira? O que mais gosto é o respeito que Portugal tem por mim. Quando entrava e saía os adeptos das equipas adversárias aplaudiam. Agradeço aos boavisteiros. Agradeço o respeito que têm por mim. O presidente João Loureiro disse-me ‘jogas até quando quiseres’. Nada paga isto", sublinhou Fary, que contou uma promessa feita quando o Boavista estava na mó de baixo.
"Quando estava na II Divisão B, pedi a Deus para deixar o Boavista na Primeira Liga. Deus ajudou-me a cumprir esse sonho e espero que o Boavista caminhe com passos seguros. Vamos conseguir mais daqui para a frente. Amo este clube, como eles amam o Fary", atirou.
Fary esteve nove anos no Boavista, entre duas passagens pelo clube do Bessa, Brilhou ainda no Beira-Mar onde sagrou-se melhor marcador do campeonato nacional, com 18 golos, em 2002. Chegou a Portugal em 1996/1997 para representar o União de Montemor.
O senegalês foi recentemente convidado da rubrica "Check-in" do SAPO Desporto e contou a sua história. Veja o vídeo.
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