O FC Porto sentiu dificuldades para bater o Rio Ave em casa e só o conseguiu com um golo de Toni Martínez no último lance da primeira parte. Os vila-condenses deram boa réplica e nunca deixaram o campeão nacional confortável no jogo. Ainda assim, os portistas conseguiram segurar o triunfo pela margem mínima (foi a 10.ª vitória consecutiva) e estão agora a dois pontos do líder Benfica, que só joga na segunda-feira.

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Houve três novidades no onze do FC Porto, sendo que a grande surpresa foi a recuperação de Wendell, apenas 13 dias depois de se lesionar frente ao Vizela. Toni Martínez e Eustáquio eram os nomes já esperados para os lugares de Uribe e Galeno.

No Rio Ave, Luís Freire também fez três alterações, com Aderllan Santos disponível após cumprir castigo e João Graça e André Pereira a entrarem no onze depois de marcarem os golos do triunfo frente ao Estoril, na última jornada.

Antes do apito inicial, as duas equipas juntaram-se para uma sentida homenagem a Christian Atsu, que representou dragões e vila-condenses aquando da sua passagem pelo futebol português.

Como seria de esperar, o FC Porto assumiu a iniciativa de jogo, mas a ausência de Uribe fez-se notar sobremaneira no futebol previsível da equipa da casa, que só aos 39 minutos conseguiu rematar à baliza de Jhonatan, num lance disparatado de Toni Martínez (o espanhol já tinha rematado antes, mas havia fora de jogo).

Percebendo isso, o Rio Ave foi ganhando confiança e aos 23’ André Pereira introduziu a bola na baliza, mas Boateng, que tinha rematado ao poste no início do lance, partira de posição irregular.

Pouco depois, Samaris obrigou Diogo Costa a uma bela defesa para sacudir o livre cobrado na esquerda. Guga também quis tentar a sorte, de muito longe, e foi necessária nova intervenção de grande nível do guardião portista.

Sérgio Conceição tentou corrigir as dinâmicas da equipa e passou-as num papel a Pepê, que o brasileiro leu juntamente com Taremi e André Franco. E mesmo sem grande inspiração, o FC Porto conseguiu chegar ao golo no último lance da primeira parte. Wendell cruzou rasteiro, em esforço, no flanco esquerdo, Taremi deixou a bola passar entre as pernas e Toni Martínez surgiu ao primeiro poste para o desvio. Golpe duro para o Rio Ave, que não se deixou intimidar pelo Dragão.

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No reatamento da partida, Taremi apareceu isolado na área, acabando por cair no duelo com Jhonatan - pediu-se grande penalidade sobre o iraniano, mas o árbitro mandou seguir. Respondeu o Rio Ave aos 58' com Boateng a resistir à pressão de Pepe no interior da área, mas a rematar à malha lateral.

O FC Porto não conseguia encontrar caminhos para o 2-0 - que lhe daria mais fôlego para gerir antes do duelo com o Inter de Milão - e ainda viu Diogo Costa, numa má saída, quase permitir o empate a Leonardo Ruiz, que só não marcou porque Zaidu estava bem colocado para fazer o alívio.

Já perto dos 90', Danny Namaso (rendeu Toni Martínez que saiu com queixas) teve a melhor oportunidade para matar o jogo, mas Renato Pantalon evitou males maiores com um corte fantástico. Não foi por falta de tentativas que o Rio Ave não chegou ao empate (verdade seja dita, merecia-o), com Boateng a cabecear ao lado da baliza no último minuto dos descontos, livre de marcação. No final, valeu a eficiência portista.