O FC Porto venceu esta quarta-feira o Marítimo por 0-2 em partida relativa à 18ª jornada da primeira liga. Os golos de Wendell e Galeno nos primeiros minutos da segunda parte garantiram a vitória dos dragões, que assim reduz a diferença para oito pontos a diferença para o Benfica e ultrapassa, à condição, o SC Braga.

José Gomes fez duas alterações relativamente à última partida onde venceu o Estoril. O técnico fez entrar Ryascos e Beltrame para os lugares de Percy Liza e João Afonso.

Também Sérgio Conceição realizou um par de alterações em comparação com a equipa que começou o jogo diante do Sporting na final da Taça da Liga. Para além do esperado regresso de Diogo Costa à baliza, em detrimento de Cláudio Ramos, a grande surpresa foi a presença de Bernardo Folha no lugar de Stephen Eustáquio, que nem no banco de suplentes esteve.

Zero golos, quatro vermelhos

Os primeiros minutos foram muito divididos, com o Marítimo a não se encolher e a mostrar muita agressividade na pressão e nos duelos individuais, de tal forma que viu dois jogadores amarelados ainda antes de finalizado o primeiro quarto-de-hora; no ataque Ryascos e Pablo Moreno não davam descanso aos centrais portistas, ao mesmo tempo que dificultavam a saída dos dragões a partir da sua zona mais recuada na altura de defender.

Esta agressividade da equipa da casa dificultou em muito a tarefa dos portistas no que a criação de oportunidades diz respeito. Grande parte dos lances de ataque dos dragões originava em recuperações de bola em zona ofensiva quando os campeões nacionais resolviam apertar um pouco mais com uma defesa maritimista que muitas vezes mostrou alguma dificuldade em sair a jogar desde o seu setor mais recuado.

Foi preciso esperar 27 minutos até encontrar a primeira verdadeira oportunidade de golo; Léo Pereira foi lançado na esquerda e cruzou para o segundo poste onde surgiu Bruno Xadas a rematar de primeira, com a bola a passar muito perto do poste da baliza de Diogo Costa. No espaço de quatro minutos o guardião portista foi chamado a intervir por duas ocasiões: primeiro a travar o remate de Val Soares e quase de seguida impediu o golo de Bruno Xadas.

Depois de minutos iniciais de maior domínio, o FC Porto mostrava dificuldades em contrariar um Marítimo que ia ganhando ânimo. E mais ânimo ganhou à passagem do minuto 37 quando Bernardo Folha viu o segundo amarelo e acabou expulso, uma decisão de Fábio Veríssimo que levou também à expulsão de Sérgio Conceição.

Todavia a vantagem numérica dos maritimistas foi de pouca dura já que aos 42 minutos Pablo Moreno também viu o segundo cartão amarelo, e o consequente vermelho; as equipas voltavam a estar em pé de igualdade.

Cinco minutos chegaram ao dragão

Com menos um jogador, ambos os treinadores resolveram mexer ao intervalo; José Gomes fez entrar Liza, André Vidigal e Nito, para os lugares de Léo Pereira, Val Soares e Ryascos. Já Sérgio Conceição refrescou o ataque, trocando Mehdi Taremi por Evanilson.

Os dragões entraram mais incisivos na segunda parte, assumindo definitivamente o comando das operações e partindo em busca do golo. Golo este que acabou por chegar logo aos cinco minutos; jogada pela direita de Pepê com a bola a sobrar para Wendell que, à entrada da área e perante a passividade da defesa dos insulares, atirou colocado para o 0-1.

Era um Porto totalmente transfigurado aquele que subira ao relvado na segunda parte perante um Marítimo que ressentiu-se das saídas de Val Soares e Léo Pereira, mostrando agora menor intensidade e capacidade de sair a jogar. Quem aproveitou foi o FC Porto que aumentou a vantagem no marcador; 55 minutos e nova arrancada de Pepê pela direita e o extremo brasileiro a fazer o passe atrasado onde surgiu Galeno totalmente sozinho a finalizar para o 0-2.

Os dois golos praticamente seguidos tranquilizaram de sobremaneira o jogo dos azuis-e-brancos, que iam controlado as operações perante um Marítimo simplesmente incapaz de criar jogadas de ataque. Perante esta inoperância, José Gomes resolveu fazer entrar Chuchu Ramírez e Kanu para os lugares de Beltrame e René, alterando assim o sistema tático utilizado até então.

Todavia era o FC Porto que controlava a partida como queria, nunca tendo necessidade de forçar o ritmo, já que do outro lado o Marítimo não mostrava arte nem engenho para criar oportunidades de golo. Só nos últimos minutos é que os maritimistas conseguiram chegar mais vezes junto da baliza de Diogo Costa, muito devido à menor intensidade dos azuis-e-brancos.

Com esta vitória os dragões reduzem a diferença para o Benfica, ao mesmo tempo que ultrapassa o SC Braga ainda que à condição, já que os minhotos só mais tarde irá defrontar o Sporting. Quanto ao Marítimo viu interrompida a sua recuperação na tabela classificativa, continuando na 17ª posição.

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