Aziado talvez seja uma palavra forte (foi, de resto, o termo que marcou a antecâmara deste clássico), mas a verdade é que o Sporting tem todos os motivos para não estar satisfeito. Sai do Dragão derrotado por 3-0, um resultado pesado que castiga uma segunda parte para esquecer e que deixa a equipa de Rúben Amorim a cinco pontos da liderança. E sem Pedro Porro para a próxima jornada – foi expulso no lance que dá origem ao segundo golo.
Os leões até entraram melhor, mas o FC Porto soube reagir e chegou à vantagem ainda antes do intervalo, por Evanilson. Na segunda parte, dois penáltis cobrados por Uribe e Galeno (voltou a ser preponderante a partir do banco) confirmaram a estratégia vencedora de Sérgio Conceição.
Com o terceiro triunfo no mesmo número de jogos, o FC Porto lidera à condição, com nove pontos, mais três do que Benfica, Boavista, Vitória de Guimarães – todos com menos um jogo – e Arouca, enquanto o Sporting averbou a primeira derrota e é sexto colocado, com quatro.
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Se o regresso de Otávio já era esperado, a grande novidade no onze do FC Porto acabou por ser a inclusão de Bruno Costa – saíram Grujic (lesionado) e Danny Loader. No lado do Sporting, e no seguimento da saída de Matheus Nunes para o Wolverhampton, Rúben Amorim apostou em Morita para jogar ao lado de Ugarte no meio-campo.
Foi precisamente dos pés do japonês que apareceu a primeira grande oportunidade do jogo, num remate ao poste aos 11 minutos, depois de Pedro Gonçalves deixar Pepe para trás. A resposta do FC Porto surgiu aos 17’ num livre cobrado por Uribe, mas Adán conseguiu evitar que o desvio de Pepe chegasse a um companheiro.
Após uma boa entrada do Sporting, eram os dragões que pressionavam mais nesta fase, condicionando a primeira fase de construção do adversário. No entanto, com o avançar do relógio, a intensidade foi dando lugar a mais quezílias entre os intervenientes – Matheus Reis chegou mesmo a desentender-se com um apanha-bolas.
Foi já perto do intervalo que o FC Porto chegou à vantagem, num lance muito contestado pelos leões. Aos 42’ João Mário cruzou para a área do Sporting, Taremi tentou chegar à bola e acabou por chocar com Adán, com a bola a sobrar para Evanilson, que só teve de encostar. O guardião do Sporting teve de ser assistido enquanto o árbitro esperava pela confirmação do VAR, que validou o 1-0.
O Sporting ainda tentou o empate nos descontos da primeira parte, mas Diogo Costa respondeu com uma enorme defesa ao desvio de Trincão. Na sequência do canto, Gonçalo Inácio cabeceou para defesa apertada do guardião portista que, depois, reagiu a tempo de impedir a recarga de Coates.
A equipa de Rúben Amorim voltou a entrar bem e logo a abrir Porro atacou pela direita, mas o cruzamento do espanhol não levava a melhor direção. O lateral voltaria a ter nova oportunidade para marcar aos 57', mas acabou por ser desarmado, enquanto Trincão (72') também não acertava com a baliza, depois de uma defesa de Diogo Costa para a frente.
O Sporting tentava chegar ao golo, mas nem as entradas de Rochinha e Nuno Santos ajudaram, sendo que do outro lado Sérgio Conceição optou por lançar Galeno, que acabaria por estar na origem do 2-0. Aos 76' o brasileiro rematou para a defesa com a mão... de Porro. Vermelho direto para o lateral espanhol e grande penalidade para os dragões, que Uribe não desperdiçou.
A cinco minutos dos 90, Adán derrubou Galeno e foi o próprio extremo a assumir a marcação do penálti, sentenciando a partida – Verón ainda festejou o quarto golo portista, mas não contou.
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