Francisco J. Marques confirmou esta quinta-feira a existência de uma transferência de 784 mil euros para o Estoril-Praia seis dias antes da disputa da segunda parte do jogo da 18ª jornada, mas justificou a transação devido a dívidas que o clube portista tinha pelas transferências de Carlos Eduardo para o Al Hilal e a cedência do Licá.
"A segunda parte da notícia conta que terá havido uma transferência de 730 mil euros para o Estoril. Também é falso. Não houve nenhum transferência bancária ou de qualquer outro tipo. Houve sim, mas antes. Não temos nada a esconder. O FC Porto não é como outros clubes que lançam cortinas de fumo para disfarçar. Não temos nada a esconder. Tenho aqui os documentos a provar: no dia 14 de fevereiro, uma semana antes do jogo, o FC Porto transferiu 784 mil euros para o Estoril, às 16 horas 1 minuto e 38 segundos. Porquê neste data? Porque teve dinheiro, foi o dia em que jogámos com o Liverpool. Mas não fizemos só este pagamento, fizemos outros, para mais clubes a quem também tínhamos dívidas. A que se referem estes 784 mil euros? Foi uma fatura emitida pelo Estoril a 26 de novembro de 2017, que nos chegou a 2 de novembro, referente a valores que tínhamos em dúvida da transferência do Carlos Eduardo para o Al Hilal - Estoril tinha 20 por cento -, mais 40% da cedência temporária do Licá, 90 mil euros, mais outra de 95, outra 119 mil e outra ainda de 100 mil euros", afirmou o diretor de comunicação e informação do FC Porto em declarações no programa Universo Porto do Porto Canal.
"Para se ter o licenciamento da UEFA temos de saldar as dívidas a clubes e jogadores até 31 de março. Sendo assim, a transferência aconteceu uma semana antes do jogo e refere-se a dívidas antigas", acrescentou o dirigente portista.
Em relação à denúncia anónima na Procuradoria Geral da República sobre um eventual caso de corrupção envolvendo representantes do FC Porto e do Estoril-Praia, Francisco J. Marques considerou tratar-se de uma 'calúnia muito grande'.
"É evidente que o FC Porto não comprou o jogo com o Estoril, é uma calúnia muito grande. Alega-se que na véspera do jogo terá havido uma reunião entre alguém do FC Porto com alguém do Estoril e um empresário. É completamente falso, pois nessa data as relações do FC Porto com o Estoril estavam um pouco acesas devido à troca de bilhetes para esse jogo. Não temos absolutamente nada a esconder, não somos como outros clubes, que quando são acusados tentam lançar cortinas de fumo", frisou o dirigente portista antes de sentenciar: "O FC Porto não compra jogos, ganha-os. Compra, sim, uma boa equipa e um bom treinador. Nada nos vai desviar do nosso caminho, que é ganhar os jogos dentro do campo."
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