Hugo Vieira contou ao site do Sindicato dos Jogadores o drama que viveu nos últimos anos, ao lado da namorada que lutava contra um cancro. Edina não conseguiu vencer a batalha e acabou por falecer em janeiro de 2015. O jogador do Torpedo de Moscovo contou tudo aquilo que viveu nos últimos anos.
"Não é fácil lidar com uma perda, é duro perder uma pessoa que amamos, mas mais duro que isso é perder a nossa vida, os nossos sonhos, tudo o que planeei até hoje. Tudo o que sonhava era ao lado dela e isso não existe mais. Não tenho mais sonhos", contou o antigo jogador do Benfica.
O ex-jogador do Gil Vicente contou algumas decisões que tomou para ficar perto da namorada e acompanha-la nos tratamentos. Um dessas decisões foi abandonar o Sporting Gijón em 2012/2013, onde estava por empréstimo do Benfica.
"O momento em que descobrimos o que ela tinha, nem queria jogar mais. Mas a Edina dizia-me para jogar e encontrámos uma solução. Não é fácil ir treinar e jogar com a pessoa que amamos a sofrer numa cama, a passar por tratamentos difíceis. Dormia no IPO e ia treinar de manhã. Fiz muitas dedicatórias à Edina e valia a pena por isso, fazia tudo por ela e para lhe arrancar um sorriso. Esse era o meu objetivo diariamente e penso que o consegui até aos últimos dias", recordou o jogador de 26 anos.
O avançado voltou aos relvados em março mas, apesar de tentar ser o mais profissional possível, assegura que já não tem mais sonhos na vida. Agora quer vingar no futebol para honrar Edina.
"Nunca irei ultrapassar isto. Ajuda-me a vencer naquilo que ela queria que eu vencesse. Um dos maiores sonhos da Edina era que eu vingasse no futebol e é isso que irei fazer. Neste momento só tenho como meta concretizar todos os sonhos que ela tinha e é isso que vou fazer, custe o que custar", disse o jogador, que agradeceu aos que o ajudaram a suportar a dor da perda.
"O Custódio [que atua no Akhisar, da Turquia] e o Fábio Pimenta [do Amarante] são os meus maiores pilares. Sem esquecer o meu empresário, Carlos Gonçalves, que também me tem ajudado".
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