O treinador do Gil Vicente, Ivo Vieira, realçou hoje que a equipa minhota, da I Liga portuguesa de futebol, quer “fazer uma época equilibrada” para prolongar o “crescimento” do clube que foi quinto classificado em 2021/22.
Oficializado pelo emblema de Barcelos em 28 de junho, como substituto de Ricardo Soares, que rumou aos egípcios do Al-Ahly, o treinador madeirense admitiu que é “uma grande responsabilidade e desafio” voltar ao principal campeonato português, sete meses depois da saída do Famalicão, ainda para mais num “momento histórico para o Gil Vicente”, que se estreia em provas da UEFA em agosto, na Liga Conferência Europa.
“Tudo farei para que os objetivos sejam conseguidos, os de fazer uma época sustentável e equilibrada. Queremos um clube em crescimento para conseguir de forma sustentável resultados como na época passada”, vincou, na apresentação à imprensa, decorrida no Estádio Cidade de Barcelos.
O técnico de 46 anos justificou o apelo à “estabilidade” com as “dificuldades” pelas quais o Gil Vicente passava há quatro anos – esteve no Campeonato de Portugal em 2018/19 -, mas vincou, ao mesmo tempo, que o Gil Vicente é “um projeto aliciante”, tendo agradecido a “confiança” do presidente, Francisco Dias da Silva, e da restante estrutura gilista.
“Não estava a exercer. Tive oportunidade de voltar no passado ao treino e não o fiz. Na primeira impressão, fechámos as coisas. Há uma confiança mútua na estratégia do presidente e daqueles que o rodeiam. Fechámos [o acordo] com um aperto de mão. Gosto de estar na vida assim. Foi fácil e rápido”, salientou.
Convencido de que a permanência na I Liga portuguesa é a base para a almejada “estabilidade”, Ivo Vieira também disse querer prosseguir o “caminho” para “a projeção de atletas”, como aconteceu ao longo da temporada transata, com jogadores como Samuel Lino, extremo que se transferiu para o Atlético de Madrid, após um registo de 14 golos e cinco assistências.
“O Gil Vicente ganhou projeção nos atletas e cabe-me dar continuidade a esse processo. Quero o melhor para os atletas. Nunca pedi para me segurarem jogadores. É a minha forma de estar no futebol. O clube valorizou jogadores e alavancou a estrutura”, disse, assumindo que o plantel vai sofrer “reajustes”.
Questionado sobre a participação europeia que se avizinha e sobre as dificuldades de clubes como Arouca (2016/17) e Rio Ave (2020/21) em conjugarem provas externas e internas, descendo de divisão, o treinador lembrou que esteve longe dos lugares de descida quando participou nas competições da UEFA pelo Nacional (2011/12) e pelo Vitória de Guimarães (2019/20).
“Até tivemos mais perto de voltar a repetir uma competição europeia em vez de andarmos nessa posição que ninguém deseja [em 2019/20]. No Nacional, disputámos duas eliminatórias e um play-off. (...) Temos de aprender a crescer. O principal desejo é cimentar o clube na I Liga e conseguir a promoção de atletas”, reiterou.
Ao lado do treinador contratado até junho de 2024, o presidente do Gil Vicente, Francisco Dias da Silva, pediu um “trabalho de competência e de continuidade”, sem “ilusões” quanto à eventual luta “por um quinto ou quarto lugar”.
“Espero que se dê por cá muito bem. Temos de trabalhar muito para o sucesso acontecer. (...) Queremos dar continuidade ao nosso projeto, em vez de estarmos com ilusões do quinto ou do quarto lugar. Tudo o que venha acima da manutenção que venha por bem”, realçou.
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