O treinador do Benfica, Jorge Jesus, disse hoje que o futebolista Lionel Messi, avançado do FC Barcelona, não tem “paixão” pelo jogo, numa comparação entre o craque argentino e o compatriota Diego Maradona, que morreu na quarta-feira.
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Desafiado a comentar uma semana em que ‘desapareceram’ várias figuras icónicas do futebol português, além do antigo jogador da seleção argentina, considerado um dos melhores jogadores de sempre, Jesus socorreu-se do exemplo dos “dois grandes jogadores do mundo, hoje”, para exaltar o ‘génio’ do campeão do mundo em 1986.
“Maradona é um jogador de topo do mundo, como todos são, mas tinha paixão pelo jogo. Nasceu para ser jogador de futebol, com tudo, com talento, não é um produto trabalhado, criado, já nasceu assim. Depois, todo o amor, todo o sentimento que tinha com a bola, com o jogo, que penso que hoje os dois grandes jogadores do mundo, o [Cristiano] Ronaldo tem um pouquinho disso, o Messi não tem nada”, afirmou o treinador dos ‘encarnados’.
Jesus não teve dúvidas em afirmar que o antigo craque argentino foi, na sua opinião, “o maior jogador da história” e frisou que “a forma como demonstrava” a paixão que nutria pelo futebol é que fazia “a diferença do Maradona”.
“Não estou a dizer que [Messi] não tem nada de paixão. De grande jogador é, por isso é que estou a dizer os dois grandes jogadores do mundo. Para não me entenderem mal, não estou a dizer que o jogo dele não tem paixão, o jogo que ele demonstra para os outros. Agora, aquilo que é a vida e o sentimento de ter paixão pelo jogo e pelo futebol, penso que Maradona até nisso é destacado em relação aos outros”, justificou.
Ainda a falar sobre os melhores, mas em outro momento da conferência de imprensa de antevisão da partida com o Marítimo, Jorge Jesus desvalorizou o facto de não estar entre os candidatos à eleição de melhor treinador do mundo, depois de ter conquistado a Taça dos Libertadores, e elegeu o técnico que o derrotou na final do Mundial de clubes.
“Se o Flamengo tivesse sido campeão do mundo, o treinador que tinha de ser destacado no mundo tinha de ser eu. Como não fui, só pode ser um: [Jürgen] Klopp! Mais nenhum”, considerou o técnico do Benfica.
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