Jorge Simão deixou hoje o comando do Paços de Ferreira, à 14.ª jornada, e protagonizou a sexta saída de treinador na edição 2021/22 da I Liga de futebol, face aos maus resultados.
O técnico, de 45 anos, abandona o leme do emblema pacense depois do desaire caseiro perante o Gil Vicente (1-0), na sexta-feira, o quarto consecutivo para o campeonato, sendo que, ainda nesta ronda, a equipa pode ‘cair’ para os lugares de despromoção pela primeira vez esta temporada.
Ao serviço dos Paços de Ferreira, Jorge Simão obteve apenas seis triunfos em 23 encontros oficiais para todas as competições, entre I Liga (duas), taças de Portugal e da Liga (uma em cada competição) e Liga Conferência Europa (as restantes três), com destaque para o triunfo diante do Tottenham, de Inglaterra, por 1-0.
Esta foi a segunda passagem de Jorge Simão pelo clube nortenho, depois de ter orientado o clube da capital do móvel em 2015/16, época em que conseguiu o sétimo lugar no campeonato.
Jorge Simão sucede a João Henriques, que em 01 de dezembro acertou a rescisão de contrato com o Moreirense, também devido aos maus resultados.
Na altura, João Henriques, de 49 anos, tinha deixado os minhotos na 16.ª posição, de acesso ao ‘play-off’ de permanência, com nove pontos, apenas um acima da zona de descida direta, após uma vitória - 2-1 na receção ao Arouca, à sétima jornada) -, seis empates e cinco derrotas.
Os ‘cónegos’ foram ainda eliminados da primeira fase da Taça da Liga, ao perderem na visita ao estádio do Penafiel (2-1), da II Liga, mas vão discutir em Mafra o acesso aos ‘quartos’ da Taça de Portugal, após já terem afastado o Oriental Dragon, da Liga 3 (3-2, após prolongamento) e o primodivisionário e rival concelhio Vitória de Guimarães (3-2).
Dias antes, o Boavista promoveu o regresso de Petit à sua casa de partida enquanto jogador e treinador, na sequência da rescisão com João Pedro Sousa, que, então, assumiu ter recebido uma “proposta irrecusável de um clube estrangeiro”.
Com dois triunfos, cinco empates e cinco derrotas no campeonato, o técnico, de 50 anos, deixou o Boavista em 11.º na I Liga, com 11 pontos, dois acima do lugar de 'play-off' e três sobre a zona de despromoção direta, estando há nove rondas consecutivas sem vencer.
A saída de João Pedro Sousa foi idêntica à de Daniel Ramos, que, à oitava jornada, solicitou a sua libertação do Santa Clara, que era 15.º colocado, com seis pontos, para assumir o comando dos sauditas do Al Faisaly, sendo substituído por Nuno Campos.
Em 2021/21, a ‘dança’ dos treinadores começou invulgarmente apenas nessa ronda, algo que não acontecia há quase 20 anos, englobando ainda a saída de Petit do Belenenses SAD, que treinava desde janeiro de 2020, no 17.º e penúltimo posto, com quatro pontos.
O atual técnico do Boavista foi rendido por Filipe Cândido, recrutado à União de Leiria, da Liga 3, que se estreou na I Liga, tal como o sucessor de Daniel Ramos no Santa Clara - deixou de ser adjunto de Paulo Fonseca para debutar como treinador principal.
À 11.ª jornada, foi a vez do espanhol Júlio Velázquez, entretanto substituído por Vasco Seabra, não resistir a tantos desafios sem vencer pelo Marítimo, deixando-o em 17.º e penúltimo, com sete pontos, depois de seis derrotas, quatro empates e uma vitória.
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