O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Luís Duque, acusou hoje a Federbet, organismo que vigia as apostas ‘online’, de ter lançado “uma mancha sobre os campeonatos” que o organismo gere.
Em declarações à agência Lusa, à saída da Procuradoria-Geral da República, onde apresentou uma participação pelas denúncias da Federbet sobre jogos viciados nas duas ligas profissionais, Luís Duque disse que a LPFP “estranha a idoneidade” daquele organismo.
A Federbet apresentou hoje, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, o relatório anual de 2015 sobre “jogos viciados”, apontando que Portugal é um dos países onde o fenómeno mais cresceu na última temporada.
Segundo o secretário-geral da Federbet, Francesco Baranca, a II Liga é uma competição “doente”, mas na lista de jogos suspeitos neste relatório também surge uma partida da I Liga, envolvendo o bicampeão Benfica e o despromovido Penafiel.
“Fazem-se passar como um observatório europeu, mas [a Fedebert] é apenas mais um organismo que vigia as apostas. Gostaríamos de ver investigada a própria empresa”, disse o presidente da LPFP.
Luís Duque lembrou que a Fedebert “ofereceu os seus serviços à Liga, para monitorizar as apostas a cobro de umas avenças que estavam fora de questão”.
“Estamos perante uma empresa como muitas que fazem a monotorização das apostas. Se [a Federbet] fosse uma associação sem fins lucrativos, a primeira coisa que fazia era lançar os fatos todos. Vão ter de provar o que disseram. As anteriores denúncias que tinham feito foram arquivadas e não levaram a resultado nenhum”, recordou o presidente da LPFP.
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