O Sporting está a fazer a pior época da sua história, “afundado” no 11.º lugar na classificação, decorridos dois terços do campeonato, consequência de uma gestão desportiva desastrosa e de um clima de instabilidade técnica e diretiva.
Ao contrário do seus rivais diretos, FC Porto e Benfica, nunca o Sporting ficou abaixo do quinto lugar do campeonato, mas corre o sério risco de que isso venha a acontecer na época 2012/13, chegando ao clássico com os “dragões”, da 21.ª jornada, já matematicamente afastado da luta pelo título.
O atual treinador, Jesualdo Ferreira, é o quarto a orientar a equipa, depois de Sá Pinto, Oceano e Vercauteren, todos com resultados negativos, que colocam o Sporting à 20.ª jornada em 11.º lugar, com 22 pontos, 20 golos marcados e 25 sofridos, cinco vitórias, sete empates e oito derrotas.
São dados que encaixam numa equipa que luta pela manutenção e não num candidato ao título, estatuto com que o Sporting parte para cada época, apesar do cetro lhe fugir há onze anos.
Ao fim de 20 jornadas, o Sporting regista saldo negativo entre golos marcados e sofridos, com uma média de um golo marcado e uma média de 1,3 sofridos, e soma mais derrotas (oito) do que empates (sete) e vitórias (cinco).
Um dado esclarecedor: para o campeonato, em Alvalade, o Sporting soma mais derrotas (quatro) do que empates (três) e vitórias (três), enquanto fora tem um registo negativo de duas vitórias, quatro empates e quatro derrotas.
Em todas as competições, sob o comando de Sá Pinto, o Sporting realizou nove jogos, com um saldo de uma vitória, cinco empates e três derrotas; com Oceano disputou quatro jogos, somando três derrotas e um empate; com Vercauteren efetuou 11 jogos, com um registo de cinco derrotas, quatro empates e duas vitórias; finalmente, com Jesualdo, leva quatro vitórias, um empate e três derrotas.
Estes números põem em causa a gestão desportiva – Godinho Lopes afirmou recentemente que entraram 108 milhões nos cofres leoninos em dois anos –, designadamente a política de contratações, pelas apostas falhadas em treinadores e jogadores.
Acresce, ainda, a enorme instabilidade diretiva que caracterizou o mandato dos órgãos sociais demissionários, cujos efeitos se repercutiram negativamente no rendimento da equipa de futebol.
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