O Benfica goleou na noite de sábado o Estoril por 6-0, em encontro da 23.ª jornada da Primeira Liga. Este domingo, os “encarnados” vão sentar-se no sofá com uma garrafa de “champanhe” a ver o clássico entre FC Porto e Sporting. Os golos do triunfo foram marcados por Luisão (16’), Salvio (26’), Pizzi (33’), Jonas (35’ e 86') e Lima (56’).
Jorge Jesus soube alimentar a polémica com Lopetegui e mais do que isso, percebeu que podia “virar o feitiço contra o feiticeiro”. O treinador aproveitou os títulos dos jornais e motivou os seus jogadores para um duelo que parecia desequilibrado desde o apito inicial. A tarja que apareceu no início do encontro “um passado de glória, um futuro de vitória” era apenas mais um estímulo.
O Estoril vinha de quatro derrotas consecutivas – somou este sábado a 5.ª – e estava frágil depois de um início de época onde a Liga Europa acabou por fazer subir o rendimento dos atletas. Mas não foi suficiente para uma equipa que impôs a maior goleada da época este sábado.
E Kieszek parecia querer estragar a festa ao Benfica com um início de jogo que parecia antever um duelo entre o ataque das “águias” e o guardião. O polaco negou o golo em duas ocasiões (antes viu a bola a bater no poste a remate de Jonas), com a grande defesa da noite a acontecer precisamente um minuto antes do golo de Luisão.
Na noite de celebração para legião benfiquista – 111.º aniversário do clube -, o central também estava de parabéns. Luisão, que está cada vez mais “entranhado” na memória dos “vermelhos e brancos”, marcou o 1.º na sequência de um canto onde Kieszek fez a defesa da noite.
O brasileiro, que igualou o histórico António Simões ao disputar a sua 447.ª partida e tornou-se no 7.º jogador que mais vezes vestiu a camisola “encarnada”, cabeceou de forma imparável.
Além disso, foi o desbloquear de um encontro que parecia vir a tornar-se complicado devido às intervenções de Kieszek. Dez minutos depois, Salvio aumentou a vantagem e “deitou por terra” toda uma esperança estorilista de fazer uma “gracinha”. O argentino apareceu na pequena área vindo de trás e encostou um cruzamento de Lima.
Pouco se escreveu do Estoril neste texto e isso espelha a prestação de uma equipa que foi amorfa durante praticamente todo jogo. Como José Couceiro disse no final que não ia “arranjar desculpas e justificações” pois há “muita falta de confiança” na equipa.
O 3.º tento confirmou o fim de tarde de sonho das “águias” e o bom momento de Pizzi. O médio rematou de primeira no semicírculo da grande área e faz um grande golo. A turma da linha pressionava pouco, dava muito tempo ao Benfica para pensar e decidir o que fazer em cada momento. O 4.º fechou o 1.º tempo e foi da autoria de Jonas.
Jorge Jesus apostou em Gaitán a titular e arriscou tão bem que o argentino permitiu-lhe celebrar a sua 2.ª maior goleada desde que está no Benfica (8-1 ao vitória da Setúbal em 2009/10). Foi precisamente o dez benfiquista que iniciou a jogada com um toque de calcanhar delicioso. Maxi Pereira recebeu a bola e centrou rasteiro para o centro da área onde Jonas fez o seu 8.º tento na liga.
Após o intervalo, o Estoril tentou contrariar o favoritismo do Benfica mas a intenção durou pouco tempo. Os homens da casa rapidamente voltaram a ocupar o espaço entrelinhas e cortaram as possibilidades de passe. Lima converteu o penalti que deu o 5-0. Na jogada que originou ao livre o destaque, mais uma vez, foi Gaitán a brilhar com uma simulação que deixou o esférico seguir para Jonas e este sofreu penálti provocado por Mano.
Aos 77’ Léo Bonatini teve a grande oportunidade do Estoril quando a equipa já estava reduzida a dez elementos (Esiti viu segundo amarelo após falta dura). O avançado recebeu a bola colocada nas costas da defesa, correu quase dez metros e rematou ao poste. A supremacia benfiquista voltou a impor-se e Jonas fechou a contagem, novamente a encostar após defesa de Kieszek.
Os “encarnados” venceram uma partida em noite de aniversário e estão agora a sete pontos de distância em relação ao FC Porto, que joga precisamente este domingo com o 3.º classificado, o Sporting. A “águia” está numa posição de ouro, pois sabe que um dos seus adversários diretos na luta pelo título perderá pontos obrigatoriamente.
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