O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) revelou hoje em comunicado que o presidente da Liga, Mário Figueiredo, tem pressionado, com telefonemas, os futebolistas que rescindiram com a União de Leiria.
«Mário Figueiredo tem nas últimas horas desenvolvido contactos telefónicos pessoais com os ex-futebolistas da União de Leiria, pressionando-os a comparecerem no jogo desta tarde com o Feirense, colocando em causa o exercício dos direitos dos jogadores, nomeadamente, o direito à rescisão de contrato», diz o SJPF.
Na mesma nota, o organismo considera tratar-se de um comportamento «grave», referindo que Mário Figueiredo «procura que os jogadores cometam uma ilegalidade e entrem em campo (hoje com o Feirense) de forma ilegal, mesmo sem vínculo contratual com o clube».
«Tendo a oportunidade para resolver o problema do incumprimento nas últimas semanas, só agora o presidente da Liga se apercebe da gravidade da situação dos jogadores da União de Leiria e das implicações desportivas da rescisão coletiva em toda a competição», acrescenta.
O Sindicato de jogadores revela ainda que os jogadores transmitiram ao presidente da LPFP estarem «irredutíveis na posição assumida».
Na sexta-feira, 16 jogadores da União de Leiria anunciaram a rescisão dos seus contratos, devido à situação de salários em atraso, sobrando apenas seis elementos com contrato no plantel, em vésperas do jogo da 28.ª e antepenúltima jornada da Liga, com o Feirense, marcado para as 16:00 de hoje.
Com os dois juniores inscritos, a União de Leiria poderá apresentar uma equipa com o mínimo regulamentar de sete jogadores, evitando a falta de comparência.
Em caso de falta de comparência numa das três últimas jornadas, o regulamento determina que o clube infrator é punido com derrota por 3-0, multa de 50.000 euros e descida de divisão, a qual poderá ser evitada se for justificada com comprovado motivo de força maior.
No entanto, a administração da SAD da União de Leiria já admitiu declarar o abandono da competição, o que poderá acarretar para o clube penalizações mais drásticas, como a desclassificação no campeonato, a exclusão das competições profissionais por um período entre uma e cinco épocas e uma multa de 100 mil euros, além de implicar com a classificação de todos os outros clubes.
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