José Mourinho não escondeu as dificuldades sentidas pelo Benfica na vitória sobre o Gil Vicente (2-1), na Luz. O treinador assumiu que a equipa está “esgotada” e ainda à procura de se afirmar entre os resquícios das ideias de Bruno Lage e as novas exigências que trouxe.

“Na globalidade não é o Benfica que queremos, nem eu, nem os jogadores nem ninguém. À Benfica foi o esforço, entrega, sacrifício. A equipa está esgotada. Há jogadores verdadeiramente esgotados”, disse, lembrando que a vitória serviu, sobretudo, para “romper com os jogos em casa sem ganhar”.

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Mourinho reconheceu que o Gil Vicente complicou a vida às águias, fruto do tempo de preparação que não existe nos grandes. “Estas ótimas equipas têm uma semana para preparar jogos. Vivi isso quando treinava o Leiria. A pressão é tremenda, os detalhes fazem diferença”, sublinhou.

Sobre as opções tomadas durante a partida, o técnico explicou que teve de gerir limitações físicas. “O Sudakov estava em dificuldade. O Schjelderup é jogador de bola no pé, tem dificuldade em intensidade e sacrifício. O Lukebakio disse-me que a gasolina não ia durar. Preferi começar com ele e depois olhar para o banco e ver o Barreiro com 25 anos a ser o avô, porque o resto tinha entre 19 e 21 anos. Com esta atmosfera, meter miúdos era complicado.”

Já na projeção do calendário exigente que se segue, Mourinho deixou um diagnóstico claro: “A equipa neste momento não tem identidade. Vive numa zona cinzenta entre ideias do treinador anterior e as minhas. Não temos trabalho de campo. Vamos pensar num jogo de cada vez. O que fizemos bem foi a resiliência e a mentalidade.”