Sete em sete. O FC Porto retomou a liderança isolada da Primeira Liga, ao golear esta noite o Arouca por 4-0, no jogo que fechou a 7.ª ronda da prova. A equipa azul e branca marcou três golos a jogar com menos um.

Samu, Deniz Gul, Francisco Moura e Zaidu assinaram os tentos dos azuis e brancos que só sabem ganhar esta época: oito vitórias em oito jogos, sete delas na I Liga, que lhes garante 21 pontos, na liderança isolada do campeonato, antes de receber o Benfica, no Dragão, no próximo domingo.

Pelo meio, há jogo na 5.ª feira diante do Estrela Vermelha, na 2.ª ronda da Liga Europa.

FOTOS: O Arouca-FC Porto em imagens

- Tudo sobre o desporto nacional e internacional em sportinforma.sapo.pt -

Samu marca e assusta

Marcar cedo, se possível mais do que um golo, devia ser a estratégia do FC Porto no Municipal de Arouca, para resolver cedo a contenda, antes do clássico com o Benfica, até porque, pelo meio, há jogo da Liga Europa, na 5.ª feira, diante do Estrela Vermelha.

Foi o que fez, aos 12 minutos, num lance tantas vezes visto nos azuis e brancos: passe longo de Bednarek nas costas da defensiva arouquense, Popovic falhou o corte, a bola foi ter com Froholdt que, isolado, atirou contra Tiago Esgaio. No ressalto, Samu empurrou para o fundo das redes.

Quinto golo do espanhol, que se junta a Schettine, Clayton, Pavlidis, Pedro Gonçalves e Suárez no topo dos artilheiros do campeonato.

Os movimentos dos médios interiores a fazer estragos na defensiva arouquense.

A jogar em casa, o Arouca limitava-se a ver. Incapaz de ter bola, a equipa de Vasco Seabra tentava sair em contra-ataque, em lances todos anulados pela defensiva azul e branca.

Aos 21, os Lobos da Serra da Freita foram salvos por 25 centímetros, o tamanho do fora de jogo retirado a Borja Sainz no início da jogada, após Pepê colocar a bola no fundo das redes de João Valido. Era mais um golo em que a defesa arouquense ia ficando mal na fotografia.

Aos 35 minutos, apreensão no banco portista e na cara dos adeptos dos azuis e brancos nas bancadas. Samu ficou agarrado ao joelho, caiu no relvado, foi assistido, voltou ao jogo, mas sempre desconfiado. Ao intervalo, seria rendido por Deniz Gul.

O 1-0 ao intervalo era escasso, face ao que o FC Porto tinha produzido. Aos 42, grande defesa de João Valido, a negar o tento a Borja Sainz. Aos 44, o guardião foi abalroado pelo seu colega Tiago Esgaio numa saída, a bola ficou para Francisco Moura que atirou ao poste.

Martim Fernandes expulso, Dragão agiganta-se e marca novamente

Valido acabou o primeiro tempo a brilhar e começou a segunda parte da mesma forma, negando o segundo a Francisco Moura, num tiro de longe, aos 47.

No minuto seguinte, contrariedade no onze azul e branco. Martim Fernandes tentou fintar, foi agarrado e perdeu a bola, depois entrou fora de tempo nas pernas de González e viu amarelo, o segundo, já que no 1.º tempo tinha sido amarelado em lance faltoso sobre David Simão. O lateral portista queixou-se que sofreu falta primeiro, mas a decisão de árbitro Fábio Veríssimo de mostrar vermelho manteve-se. Certo é que irá falhar o clássico com o Benfica, no próximo domingo, no Dragão.

Mesmo com menos um, o jogo era do FC Porto.

Depois de Farioli ter organizado a defesa, com Pablo Rosario a entrar no lugar de Gabri Veiga para jogar na lateral direita, os líderes da I Liga chegaram ao 2-0, aos 51 minutos, por Deniz Gul. Grande lance de Pepê em condução, a passar por vários adversários, antes de soltar para o turco que atirou de pronto para o fundo das redes. Desmarcação na hora certa de Deniz Gul para um belo golo.

Dez minutos depois, novo golo portista, nascido da capacidade da equipa em aproveitar os espaços. Froholdt recuperou uma bola na zona intermédia, entrou em progressão na zona central, antes de deixar em Borja Sainz na esquerda. O espanhol respeitou a desmarcação de Francisco Moura, colocou-lhe a bola para um remate de primeira, cruzado, para o 3-0.

O Arouca tinha mais um jogador, mas sofria dois golos.

Farioli pouca craques, Zaidu fecha contas do jogo

A vantagem clara permitiu a Farioli poupar muita gente: o treinador do FC Porto lançou Alberto Costa, Prpic e Zaidu nos lugares de Borja Sainz, Pepê e Francisco Moura. O FC Porto passava para um 5-3-1, com os alas renovados, e um meio-campo reforçado, já que Pablo Rosario voltou à sua posição natural.

As mexidas de Vasco Seabra (entraram Miguel Puche Garcia, Dylan Nandin e Brian Mansilla para os lugares de Alfonso Trezza, Pablo Gozálbez e Nais Djouahra) não surtiram efeito porque o Arouca continuava inofensivo, apesar de estar a jogar com mais um jogador.

Aos 86 minutos, chegou o golo mais festejado da noite. Alberto Costa desceu pelo seu corredor, sofreu falta mas o árbitro deu lei da vantagem. A bola sobrou para Deniz Gul que ganhou na força, entregou na área em Alberto Costa. O lateral assistiu Zaidu que, na pequena área, antecipou-se a Tiago Esgaio para o 4-0. Todos os jogadores portistas correram em direção a Zaidu para festejar com o lateral nigeriano.

O primeiro de três jogos em seis dias do FC Porto, abaixo das 72 horas mínimas exigidas (70 horas de intervalo para o jogo com o Estrela Vermelha e 71,5 horas para o jogo com o Benfica) ficou resolvido com tranquilidade, mas com contrariedades pelo meio. Martim Fernandes falha o clássico devido a castigo, Samu saiu com queixas no joelho, mas não parece nada de grave, já que no segundo tempo já nem fazia gelo.

Sete jogos, sete vitórias, 21 pontos, 18 golos marcados, apenas um sofrido: estes são os números da liderança do FC Porto, no dia em que Farioli bateu o seu recorde de vitórias seguidas na carreira: oito.