O Benfica comunicou na noite de quarta-feira que Gabriel se encontra a contas com uma "parésia do VI par craniano esquerdo, com limitação da abdução, que condiciona dipoplia. Trata-se de uma situação que impossibilita determinar um prazo para o regresso à sua condição plena".
À Rádio Renascença, o presidente da Sociedade Portuguesa de Oftamologia explicou a lesão do médio brasileiro.
"Os nossos olhos mexem-se com músculos oculares. Esses músculos são comandados por nervos pares cranianos. O que se passa é que um destes sofreu um traumatismo que afetou o sexto par, que é o nervo que regula o movimento dos músculos. Ou seja, se um olho mexe e o outro não, determina dupla imagem, que é extraordinariamente incapacitante", esclareceu Fernando Falcão Reis.
Quanto ao tempo de paragem de Gabriel, o especialista admitiu ser difícil de estimar.
"Normalmente, em algumas semanas ou meses as situações evoluem para cura. Algumas são tratáveis, outras não tão facilmente e o tratamento depende da parésia. Podem ter várias origens. Origens vasculares podem ter origem tumoral e há uma panóplia de situações que podem estar por trás da paralesia do sexto par", referiu.
Por fim, Fernando Falcão Reis abordou a possível causa desta condição. "Há várias situações comuns. Num jogador de futebol, um traumatismo mais violento com a bola ou num choque com outro jogador pode levar à paresia. É uma situação aguda, que se manifesta de imediato após o trauma, não é um ato de erosão", concluiu.
Gabriel chegou ao Benfica na temporada passada, oriundo do Leganés. Esta época totaliza, no conjunto de todas as competições pelas 'águias', 24 jogos e dois golos, o último dos quais apontado precisamente derradeiro encontro em que marcou presença, frente ao Famalicão, na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal.
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