O futebolista Lucas Piazón considerou hoje que o AVS terá de ser “consistente a defender” e “eficaz a atacar”, frente ao “melhor Benfica da temporada”, assumindo que, se pudesse, retirava do jogo Di María e Akturkoglu.
“Vai ser um jogo muito difícil, mas temos de estar bem preparados. Temos defendido bem, de forma agressiva, e conseguido pressionar alto. Se encaixarmos a nossa marcação e recuperarmos bolas no meio-campo ofensivo, podemos criar dificuldades ao Benfica e ter hipóteses”, disse Piazón aos jornalistas, antes de mais um treino nas Aves.
O médio brasileiro tem plena consciência do potencial do Benfica, atualmente a dois pontos da liderança, mas com menos um jogo, antecipando uma entrada forte dos ‘encarnados’ no jogo de domingo, da 14.ª jornada do I Liga portuguesa.
“O Benfica está numa série considerável de vitórias consecutivas. Depois da chegada do treinador (Bruno) Laje, têm conseguido bons resultados e mostrado bom futebol. Sabemos que vão tentar uma entrada forte aqui na Aves, até porque o Sporting deixou escapar alguns pontos e eles estão próximos da liderança”, referiu.
Os elogios do experiente médio, de 30 anos, ao técnico Bruno Lage passaram, depois, para dentro de campo, com Piazón a apontar o argentino Di María e o turco Akturkoglu como “os jogadores-chave do ataque do Benfica”.
“Atualmente, o maior perigo vem do Di María. Está numa grande fase. Também gosto muito do médio turco, o Akturkoglu, e do Pavlidis. Mas, se pudesse ‘retirar’ dois jogadores, seriam o Di María, porque é muito criativo, finaliza bem, faz cruzamentos e dá o último passe, e o Akturkoglu, rápido e forte também a finalizar”, analisou.
Desafiado a falar da prestação do AVS, 15.º no campeonato, Piazón, que se estreou como sénior no Chelsea, de Inglaterra, reconheceu melhorias e disse que o caminho passa por manter a consistência fora e retomar as vitórias em casa.
“Começámos melhor do que estamos agora, mas temos feito bons jogos, especialmente fora de casa. No início do campeonato, não pontuávamos fora, mas nos últimos jogos estivemos perto de ganhar e conseguimos pontuar. Temos de manter esta consistência fora de casa e recuperar as vitórias em casa”, referiu.
O criativo médio regressou este ano a Portugal após duas épocas emprestado pelo Sporting de Braga ao Botafogo, atual campeão brasileiro e vencedor da Libertadores.
“Eu cheguei ao Botafogo numa fase de transformação do clube, mas, no segundo ano, as coisas, em matérias de infraestruturas, já estavam bem, o investimento aumentou e, em rigor, o clube já vinha pensando nos títulos”, recordou.
Para o antigo internacional jovem pelo Brasil, “a maior surpresa foi no segundo ano” do empresário norte-americano e proprietário do clube, John Textor, com Luís Castro, “quando o Botafogo liderou muito tempo a prova e perdeu no fim”.
“Com a entrada de um investidor, a expectativa era o clube conseguir alguns títulos, mas estes processos costumam demorar mais um pouco. Acabou por ser mais rápido. Acho que é muito bom para Portugal ter três treinadores (Jorge Jesus, Abel Ferreira e, agora, Artur Jorge) com grande sucesso e ‘reis’ das Américas”, concluiu.
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