Portugal manteve o sétimo lugar dos países europeus que mais gastaram em transferências de futebolistas, embora a larga distância da líder Inglaterra, que foi uma das exceções num mercado de verão claramente marcado pela diminuição no investimento.
Analisadas todas as transferências dos países que ocupam os 10 primeiros lugares do "ranking" da UEFA durante o mercado de verão, os 16 clubes da I Liga portuguesa gastaram 46,8 milhões de euros (ME), tendo apenas sido superados pelas formações do denominado "big five" e pela Rússia.
Portugal manteve, exatamente, a mesma posição dos dois últimos anos, embora reduzindo o investimento em 76,3 ME comparativamente com 2011/12, quando os emblemas lusos gastaram um total de 123,1 ME.
De resto, a tendência europeia foi de "marcha atrás" nas contratações de futebolistas, sendo que apenas Inglaterra, Alemanha e França fugiram à maioria e gastaram mais do que no ano transato.
A Liga inglesa manteve a liderança pelo terceiro ano consecutivo, com 626,7 ME investidos, mais 80 ME que no ano passado, enquanto Itália (375,3 ME) e Alemanha (241,5 ME) completam o pódio dos países mais gastadores.
Apesar de ter mantido o segundo lugar do "ranking" também pelo terceiro ano consecutivo, a Serie A italiana reduziu o investimento em 124 ME, ao passo que a Bundesliga alemã subiu do sexto para o terceiro posto, após ter gasto mais 92,7 ME.
À frente de Portugal ficaram ainda França (221,9 ME), Espanha (137,1 ME) e Rússia (126,2 ME). Os franceses subiram um lugar no "ranking", depois de investirem mais 27,6 ME que em 2011/12, enquanto os espanhóis foram o caso mais flagrante de redução de custos, ao caírem do terceiro para o quinto posto, com menos 212,3 ME que no ano passado.
Já a Rússia manteve o sexto lugar dos dois anos anteriores, apesar da redução de 74 ME.
Ainda assim, as ligas francesa e russa poderão aumentar os valores dispensados até ao momento, já que os seus mercados apenas encerram no decorrer desta semana: 04 de setembro em França e 06 de setembro na Rússia.
Por outro lado, Portugal acabou por gastar mais que Ucrânia, Holanda e Grécia. Os ucranianos subiram um lugar, embora com menos 700 mil euros que em 2011/12, e trocaram de posição com os holandeses, que fizeram um corte de 21,2 ME.
Já o futebol grego parece estar também a refletir a realidade financeira que se vive no país e manteve-se no último lugar do “top10”, tendo gasto menos 7,7 ME que no ano passado.
No total, as 10 ligas contabilizadas gastaram quase 1.900 milhões de euros na contratação de jogadores, menos 316 ME que no mercado de verão de 2011.
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