O processo de extradição de João Vale e Azevedo do Reino Unido para Portugal, que se encontra suspenso sem data marcada após sete audiências, completa três anos na sexta-feira.
Vale e Azevedo apresentou-se pela primeira vez num tribunal britânico a 8 de Julho de 2008, após detenção pela polícia na sequência do mandado de detenção europeu emitido a 11 de Junho pelas autoridades judiciais portuguesas.
O mandado foi originado pela condenação a sete anos e seis meses de prisão efectiva pelos crimes de falsificação de documentos e burla qualificada na venda de um imóvel no Areeiro, em Lisboa.
João Vale e Azevedo foi libertado pelas autoridades britânicas sem ter de pagar uma caução, mas ficou sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência e foi-lhe retirado o passaporte, estando impedido de viajar para o estrangeiro.
O tribunal de magistrados de Westminster, de primeira instância, deu provimento a 27 de Novembro de 2008 ao pedido de detenção das autoridades portuguesas, mas poucos dias depois Vale e Azevedo apresentou recurso junto do tribunal superior de justiça de Londres.
Desde então, a análise do caso foi adiada sete vezes, a última das quais no passado dia 22 de Junho a pedido de Vale e Azevedo, não estando marcada ainda nova audiência.
Na altura da suspensão do processo de extradição, uma fonte do Ministério Público britânico disse que o juiz Christopher Pitchford aceitou um requerimento para adiar a data até ser conhecido o resultado do recurso ao cúmulo jurídico no Tribunal Constitucional português.
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