O Rio Ave disse hoje que a saída do presidente da Assembleia Geral (AG) ocorre no âmbito de um processo de renovação de um ciclo, para o qual não conta com Mario Almeida.
“Por se tratar de um processo de renovação de um ciclo, sucedendo ao último triénio de êxito, foram feitas algumas alterações nos nomes componentes da lista apresentada ao novo exercício diretivo, da qual não consta o atual presidente da Assembleia Geral e outros”, pode ler-se na nota de esclarecimento tornada pública na página oficial do clube, na qual se recorda que Mário Almeida, tal como a Direção, termina o respetivo mandato neste mês de novembro.
De acordo com a nota, trata-se de uma situação de “não continuidade em funções” do atual presidente da AG por força da “renovação encetada, que determinou a escolha de outros elementos para exercerem os respetivos mandatos”.
A questão acontece no dia em que terminou o prazo de apresentação de listas para as eleições de 25 de novembro, às quais se candidada uma lista única, encabeçada pelo atual presidente da direção, António Silva Campos, e na qual não consta Mário Almeida.
A concluir, tece-se o elogio e um agradecimento a Mário Almeida pelos serviços prestados ao clube: “O empenho, dedicação e os vários anos de trabalho de Mário de Almeida representam uma parte muito importante da nossa história e existência, pelo que estamos profundamente gratos e conscientes de que sem a qual não seria possível atingir este patamar”.
Esta nota surge na sequência de um comunicado subscrito por Mário Almeida, também publicado hoje na página oficial do clube, no qual o ainda presidente da AG revela que vai abandonar o cargo que ocupava há 35 anos em discordância com aquilo que diz ser a atual estratégia do clube.
“Não me sintonizando com a estratégia apontada e com recentes acontecimentos que vejo serem para continuar, saio para que, quem pensar de forma diferente, o venha a assumir”, justificou Mário Almeida, em final de mandato e a 10 dias das eleições para os órgãos sociais do clube, marcadas para 25 de novembro.
O dirigente, atualmente presidente da Assembleia Municipal de Vila do Conde, afirma que sai quando “se diz tudo estar bem”, mas sublinha que para si “o presente só é bom” quando o futuro dá garantias.
“Não admito poder vir a ser responsabilizado por algo em que não estive envolvido”, refere, ainda, Mário Almeida na mesma nota.
O antigo presidente da câmara de Vila de Conde diz também que, nestes anos todos, não se limitou “a cortar fitas” e que viveu o dia-a-dia do clube, identificando-se “com os dirigentes, os técnicos, os atletas e os demais profissionais”.
“Não deixei também de, em momentos difíceis, assumir responsabilidades pessoais para que o Clube não caísse em situações de incumprimento”, lembrou o dirigente.
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