O jornal espanhol 'Marca' deu especial destaque ao Rio Ave na edição desta segunda-feira, na sequência de uma análise do GoalPoint, que coloca os vilacondenses entre os tubarões da Europa.
Segundo a análise, o Rio Ave está entre os grandes clubes do Velho Continente no que diz respeito à média em metros de progressão vertical conseguidos através de passes na zona defensiva. A equipa de Carlos Carvalhal tem uma média de 48,7 e aparece assim no 6º posto, apenas atrás de Barcelona, Paris Saint-Germain, Juventus, Bayern de Munique e Real Madrid.
Na sequência deste estudo, o jornal 'Marca' falou com o treinador dos vilacondenses sobre o projeto do 5º classificado do campeonato nacional.
"Era uma proposta muito ambiciosa no início da temporada, mas sabíamos que podia valorizar o nosso jogo e os nossos jogadores. Somos uma equipa de toque, mas, como disse Guardiola, ter a posse de bola na defesa não é tão difícil e pode ser negativo. A posse de bola que defendemos é de qualidade e mais agressiva", começou por explicar Carvalhal.
O treinador de 54 anos esclareceu ainda que a posse de bola da sua equipa "procura penetrar nas defesas contrárias e encontrar jogadores entrelinhas com passes verticais que nos façam chegar à baliza adversária. Fazemos muitas coisas bem, praticamos um futebol atrativo e, nesta estatística, somos os sextos melhores da Europa."
"O início da temporada não foi brilhante, mas tinha grandes expectativas. Pouco a pouco fomos melhorando e diria que somos, junto ao Sporting de Braga, a equipa que melhor jogou em Portugal esta temporada", acrescentou.
Por fim, o técnico do Rio Ave falou sobre o eventual regresso do campeonato nacional de futebol. "Há uma pressão muito grande. Os clubes precisam do dinheiro da televisão, os operadores só pagam se houver futebol, os clubes só pagam aos profissionais se tiverem dinheiro e nós, profissionais, vamos ter de jogar. Em circunstâncias normais, o futebol não podia existir sem público. O ritual do futebol, desde o início, está ligado às comunidades locais e se não cumprimos o ritual, o fenómeno fica incompleto", referiu Carlos Carvalhal.
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