O presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Sporting, Rogério Alves, reconheceu hoje que a reunião magna do clube teve momentos de “tensão” e que a passagem do ex-presidente Bruno de Carvalho deixou “feridas abertas” nos adeptos.
“É perfeitamente possível o exercício dos direitos e o antagonismo de opiniões. Alguns sintomas de maior agitação terão de ser dissipados à medida que a situação de base for serenando”, afirmou o dirigente, no Estádio José Alvalade, confessando que “não foi fácil” conduzir os trabalhos perante os episódios de contestação de sócios leais ao ex-líder.
Confrontado com as interpelações de Rui de Carvalho e Alexandra Carvalho, pai e irmã, respetivamente, do anterior presidente, Rogério Alves defendeu esses exemplos como uma demonstração de liberdade: “É um direito que lhes assiste estar presente e usar da palavra. Todos os que se inscreveram usaram a palavra e em todos os pontos do debate.”
Enfatizando a necessidade de percorrer um caminho rumo à unidade 'verde e branca' face às “feridas fundas”, o líder da AG não escondeu o seu otimismo para o futuro próximo: “Não vale a pena tentar esconder o que quer que seja, vivemos na época da revogação dos segredos. Quero acreditar que os sócios vão também aprender com o passado.”
Paralelamente, Rogério Alves anunciou já de madrugada as percentagens dos dois pontos que iam a votos: Orçamento e Relatório e Contas.
Numa reunião magna em que estiveram presentes 553 sócios, correspondentes a 3.021 votos, o Orçamento - que projeta ganhos de 24,26 milhões de euros para 2018/19 - foi aprovado com 56 por cento dos votos, enquanto o Relatório e Contas do último ano de mandato do ex-presidente Bruno de Carvalho – com um resultado líquido de 2,088 milhões de euros - mereceu a validação de 82 por cento dos associados.
Comentários