No dia de ontem a maioria dos portugueses teve direito a um sábado à tarde em honra do antigo jogador do FC Porto, o Walter Bigorna, um sábado bem gordinho, mesmo como o tuga gosta, recheado de bola e cerveja.
A tarde arrancou com o Sporting a jogar nos Açores contra o Santa Clara. Estavamos na expetativa se na baliza estaria o Adán ou o Porro, mas o espanhol que João Félix mais odeia (e ele vive em Madrid) não recuperou a tempo.
Amorim apostou em Adán, muitos apostaram em que o Sporting iria sofrer muitos golos e muitos se enganaram. Tal e qual Vegeta ao longo do Dragon Ball Z, o guarda-redes espanhol foi conquistando a sua redenção com um punhado de excelentes defesas. Esteve tão bem que depois de ter sido nomeado a "Catástrofe do jogo" em Marselha, ontem até ganhou o prémio de melhor da ilha, sendo o farol que guiou o Sporting à conquista dos três pontos.
Nota ainda para duas grandes exibições no Sporting, Esgaio e Paulinho. Já começam a faltar as palavras para descrever o quão importante estes jogadores são para os pseudo comediantes do futebol português, como eu. Acho que nem o Batatinha e Companhia faziam-me rir tanto quando eu era miúdo como estes dois. Realço de que quando referi 'grandes exibições' foi no sentido de demasiado tempo que estiveram em campo, porque de grandes só as asneiras e trapalhices. Na sociedade, a grande causa das depressões são o stress, ansiedade ou uma vida desequilibrada. No caso de depressão dos sportinguistas aposto que estes dois são a causa.
Às 18 horas, tal como no Egito de Moisés dividiu as águas, a BTV e a Sport Tv dividiram portistas de benfiquistas. Na Luz, o Benfica recebia o Rio Ave e em Portimão o Portimonense recebia o seu ídolo, o FC Porto. Eu, como ainda não sou como o Palmeirim que consegue estar na RTP 1 a apresentar o The Voice e ao mesmo tempo na SIC a receber um Globo de Ouro, Tive de ir alternando entre jogos.
Na Luz, o Benfica entrou em falso, sofrendo um golo nos momentos iniciais, estava interessante até ao empate e pouco depois tivemos direito à reencarnação do Adán de Marselha em Jhonatan. Aposto que o brasileiro tinha o sonho de marcar no Estádio da Luz e concrerizou esse sonho. Se é na baliza dele ou na adversária, isso, amigos, já são detalhes.
Em Portimão, não sei se foi por estarem perto da praia ou por serem brasileiros, mas o primeiro golo do FC Porto parece saído de uma jogada de futebol de praia. Esqueci-me que o Otávio agora é português... perdão. Lembrou-me daqueles Mundialitos na Figueira da Foz, em que vibravamos com a seleção, embora esta só ganhasse um em dez, um pouco como a atual de Fernando Santos.
Dois momentos que me marcaram profundamente: o choque entre Filipe Relvas e Moufi e o penálti revertido aos dragões. No primeiro lance, Relvas ficou a sangrar abundantemente, por momentos nem sabia se estava a ver futebol ou o "Assalto ao Arranha-Céus". No penálti revertido para o FC Porto, é ver e rever a cara de desconsolo do Bruno Costa. O homem ia marcar todo contente e este é anulado. Não se faz, foi como tirar um doce a uma criança ou o açúcar a um diabético.
Para a semana há Taça, mas daqui a duas semanas é que a 'porca torce o rabo' com um escaldante FC Porto-Benfica no Estádio do Dragão. Eu cá estarei para relembrar que tanto no futebol como na vida o mais importante é rir.
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