Centenas de pessoas aguardaram na noite de sábado a chegada da equipa do Santa Clara às Portas da Cidade, em Ponta Delgada, para festejarem a subida da formação açoriana à I Liga de futebol.
Os adeptos trajados com camisolas da equipa açoriana, cachecóis vermelhos e brancos e bandeiras receberam os jogadores com cânticos alusivos ao clube que está de regresso ao principal escalão do futebol português, passados 15 anos.
Os jogadores e equipa técnica, que viajaram este sábado do continente para os Açores, depois da derrota com o Académico de Viseu na 38.ª e última jornada, chegaram às Portas da Cidade, ex-libris de Ponta Delgada, em cima de um camião e atrás do presidente do clube, Rui Cordeiro, que guiou a equipa ao volante de um carro clássico de cor vermelha.
"É uma festa do povo açoriano, uma alegria imensa festejar com estes adeptos fantásticos e é uma festa que estávamos à espera há muitos anos, é uma festa mais do que merecida. É uma alegria enorme ver este povo todo aqui hoje a fazer esta festa. Esta vitória é dedicada a todos eles, a todos os que estiveram connosco ao longo destes anos todos. É uma subida mais do que merecida", afirmou Rui Cordeiro aos jornalistas já em cima do palco preparado para fazer a festa.
Indiferente aos inquéritos que decorrem a propósito de alegadas infrações que poderiam pôr em casa a subida do Santa Clara, Rui Cordeiro afirmou que o clube está para ficar na I Liga de futebol. "Têm de perceber uma coisa, nós vamos para a primeira (Liga) e vamos ficar lá muitos anos", disse Rui Cordeiro.
Antes da chegada ao centro da cidade, o plantel do Santa Clara foi recebido por cerca de uma centena de adeptos no aeroporto de Ponta Delgada.
O treinador Carlos Pinto mostrou-se "satisfeito" com a receção à chegada da equipa e por ter conquistado as atenções dos adeptos que estavam afastados da equipa na altura em que este chegou aos Açores.
"Era um ânimo diferente, na altura em que cá cheguei estávamos a jogar para não descer de divisão, tínhamos 100 ou 150 adeptos (no Estádio), e este último jogo em casa maravilhou-me porque nós, equipa técnica e jogadores, trabalhámos para isso, para termos bancadas cheias. Poder jogar perante 8 mil ou 10 mil pessoas não é a mesma coisa que perante 150 pessoas", ressalvou.
Quanto ao futuro, Carlos Pinto preferiu não falar sobre a sua continuidade na formação açoriana, mas garantiu que "haverá tempo" para conversar com a direção do clube.
"Hoje acabou o campeonato, vamos aproveitar um bocadinho a festa e a partir de segunda feira começamos a preparar o futuro com calma", disse.
O capitão Pacheco destacou a "receção calorosa" dos adeptos recusando que a derrota por 2-1 frente ao Académico de Viseu terá tirado o brilho aos festejos do Santa Clara, que terminou o campeonato em segundo lugar, atrás do Nacional.
"Julgo que não porque nós demonstrámos caráter e atitude no jogo. Apesar de o resultado não ter sido favorável, nós demonstramos brio profissional", afirmou o jogador mais antigo da equipa.
Comentários