Os interrogatórios ao ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho e Mustafá ainda não se iniciaram no Tribunal do Barreiro, onde a manhã de hoje foi utilizada na “leitura dos factos e dos crimes” imputados aos dois arguidos.
De acordo com o comunicado divulgado pelo Juízo de Instrução Criminal do Barreiro, a leitura do despacho de apresentação proferido pelo Ministério Público prolongou-se até às 12:40, na sequência de um requerimento apresentado por um dos arguidos, não especificado.
“Assim, (...) suspenderam-se os trabalhos até às 14:00, altura em que se retomarão os mesmos para que os arguidos possam tomar posição quanto a prestarem ou não declarações”, indica o comunicado do Tribunal do Barreiro.
Após a consulta dos elementos de prova, os dois arguidos, detidos com base em mandados emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, deverão informar o juiz Carlos Delca se pretendem ou não prestar declarações.
O ex-presidente do Sporting, que está detido desde domingo nas instalações da GNR de Alcochete, e um dos líderes da claque Juventude Leonina, Nuno Mendes, conhecido por Mustafá, respondem em primeiro interrogatório judicial no âmbito da investigação sobre a invasão à academia de Alcochete.
Em 15 de maio, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia do clube por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, membros da equipa técnica e outros funcionários.
A GNR deteve no próprio dia 23 pessoas e efetuou, posteriormente, mais detenções, que elevaram para 38 o número de detidos, todos ainda em prisão preventiva, entre os quais está o antigo líder da Juventude Leonina Fernando Mendes.
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