O presidente demissionário da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting afirmou hoje que apenas a Assembleia Geral extraordinária do dia 23 de junho tem legitimidade e que as restantes são “ilegais e com resultados nulos”.
“As práticas do presidente são ilegitimas e ilegais. Nenhuma das assembleias gerais tem legitimidade e os seus resultados serão nulos e sem nenhum efeito. É uma ilegalidade grave e os seus autores terão de pagar por isso. A única legítima é no dia 23 de junho”, disse Jaime Marta Soares, em conferência de imprensa.
A Comissão Transitória da Mesa da Assembleia Geral (indicada pelo presidente Bruno de Carvalho) também agendou assembleias para 17 de junho e 21 de julho, mas Marta Soares disse que os sócios estão atentos e “não vão participar numa fraude estatutária e numa ilegalidade grave”.
Jaime Marta Soares, que reafirmou que a Assembleia Geral marcada para o dia 23 de junho, pelas 14:00, no Altice Arena, em Lisboa, é a única legitima e garantiu que pretende “dar a palavra aos sócios”, apelando à sua presença.
“O presidente da MAG, e a MAG, são os pilares da defesa intransigente dos estatutos e dos direitos dos sócios. Como tal, têm o dever estatutário de defender a realidade, cumprir e fazer cumprir a legalidade e as regras do nosso clube”, frisou.
O presidente da MAG descreveu ainda como um “autêntico golpe de Estado” o que tem acontecido no Sporting, considerando que a situação que o clube vive é “inimaginável e de uma ilegalidade grave”.
Marta Soares explicou que solicitou ao presidente do conselho diretivo do Sporting, Bruno de Carvalho, para que desse a palavra aos sócios e os deixasse escolher o caminho que querem percorrer.
“Se aceitasse a demissão e a marcação de eleições, apresentámos as datas de 19 de agosto, 26 de agosto e 02 de setembro e ficaria com poderes para gerir o clube, não iríamos acionar nenhuma comissão de gestão, mas não conseguimos atingir o objetivo”, disse.
O presidente da MAG acusou Bruno de Carvalho de “rasgar os estatutos” e atuar à revelia dos mesmos, mas voltou a apelar para que o presidente apresente a demissão.
“Não nos foi permitido validar os mais de 3.500 votos dos sócios. Recebemos uma nota que o se pretendêssemos algo, tínhamos de dirigir o pedido ao presidente do conselho diretivo e nunca foi assim”, salientou.
Marta Soares explicou ainda que foi colocada uma única providência cautelar pela MAG, com o objetivo de “cumprir os estatutos e garantir todas as condições” para a realização da Assembleia-Geral extraordinária do dia 23 de junho, referindo que aguardam a decisão da justiça.
“Vamos até às últimas consequências para realizar a assembleia e acreditamos na justiça. A MAG não tem orçamento, mas tem direito a reclamar a sua realização perante o conselho diretivo”, explicou.
A terminar, o presidente da MAG, que esteve acompanhado por alguns dos mesmos da já nomeada Comissão de Fiscalização, bem como pela vice-presidente demissionária da MAG Eduarda Proença de Carvalho, explicou que esta comissão já está em funções e que espera que possa funcionar.
“O que leva Bruno de Carvalho a todas estas atitudes e a estar agarrado ao poder?”, questionou, referindo que o presidente devia cumprir a sua palavra e apresentar a demissão.
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