O presidente demissionário da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting, Jaime Marta Soares, garantiu que a suspensão preventiva do Conselho Diretivo, hoje decretada, não prejudica a realização da reunião magna agendada para 23 de junho.
“Os procedimentos disciplinares e as suspensões preventivas decretadas pelo órgão competente para o efeito não prejudicam, de forma alguma, a realização da Assembleia Geral já agendada e legitimamente convocada para o próximo dia 23 de junho de 2018, pelas 14:00 horas, no Altice Arena”, refere Jaime Marta Soares, em comunicado.
O presidente demissionário da MAG lembra que a reunião de 23 de junho “visa dar a palavra aos sócios sobre a deliberação com justa causa da revogação dos mandatos dos membros ainda em exercício do Conselho Diretivo do Sporting Clube de Portugal, em plena consciência e liberdade democrática”.
O documento reitera que a referida reunião magna “é a única legítima, legal e estatutariamente convocada e que permite dar a palavra aos sócios do clube em sede e local próprios”.
Hoje, a Comissão de Fiscalização (CF) designada pela MAG do Sporting, anunciou ter suspendido preventivamente e com efeitos imediatos o Conselho Diretivo do Sporting, liderado por Bruno de Carvalho.
Em conferência de imprensa, três dos cinco elementos da CF, explicaram que a nota de culpa, que suspende as funções e impede os membros do CD do Sporting de entrarem nas instalações do clube, já seguiu para os visados, que têm agora 10 dias úteis para o contraditório.
Segundo a CF, “compete agora à mesa da Assembleia Geral, liderada por Jaime Marta Soares, nomear uma comissão de gestão para o clube e, até essa nomeação, cabe-lhe a ele próprio tomar decisões”.
No comunicado, Jaime Marta Soares informa, sem precisar datas, “que será designada a competente Comissão de Gestão estatutariamente prevista”.
O presidente demissionário da MAG, anexa ao comunicado os três documentos já enviados para os competentes órgãos do clube, a fim de serem publicados, para conhecimento, e esclarecimento de todos os sócios sobre a justa causa de revogação dos mandatos dos membros ainda em exercício do Conselho Diretivo.
A crise no Sporting desencadeou-se após as agressões sofridas por vários elementos do plantel e da equipa técnica em 15 de maio, na Academia do Sporting, em Alcochete, levadas a cabo por cerca de 40 pessoas encapuzadas. Destes atacantes foram detidos 27, que ficaram em prisão preventiva.
Depois destes acontecimentos, a maioria dos membros da Mesa da Assembleia Geral (MAG) e do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) e parte da Direção apresentaram a sua demissão, defendendo que o presidente Bruno de Carvalho não tinha condições para permanecer no cargo.
Após duas reuniões dos órgãos sociais, o presidente demissionário da MAG, Jaime Marta Soares, marcou uma Assembleia Geral para votar a destituição do Conselho Diretivo (CD), para 23 de junho – sobre a qual foi interposta uma providência cautelar para a sua realização pela MAG que foi indeferida pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa - e criou uma comissão de fiscalização para evitar o vazio provocado pela demissão da maioria dos elementos do CFD.
O CD, que não reconhece legitimidade a esta decisão, criou uma comissão transitória da MAG, que, por sua vez, convocou uma AG ordinária para o dia 17 de junho, para aprovação do Orçamento da época 2018/19, análise da situação do clube e para esclarecimento aos sócios, e marcou uma AG eleitoral para a MAG e para o CFD para o dia 21 de julho.
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