O treinador do Casa Pia afirmou hoje que “o sucesso é muito ténue” e que a I Liga de futebol não será “um mar de rosas”, em antevisão à receção ao Rio Ave, da 11.ª jornada.
“O foco é ter, o quanto antes, os pontos necessários para a manutenção. Não me mete pressão nenhuma. Quando ganhámos três jogos seguidos, ninguém nos viu a meter em bicos de pés. O quarto lugar nunca me embebedou, porque o sucesso é muito ténue. Que ninguém pense que isto vai ser um mar de rosas. Teremos curvas e contracurvas, mas a nossa postura tem de ser sempre a mesma”, disse Filipe Martins, em conferência de imprensa.
Os ‘gansos’ ganharam o estatuto de ‘equipa-surpresa’ nas primeiras jornadas da I Liga, tendo chegado mesmo ao quarto lugar, perdido na última ronda, em Alvalade (3-1) - a segunda derrota consecutiva dos comandados de Filipe Martins e a terceira totalizada.
“Temos capacidade para ombrear com todas as equipas, como podemos perder com qualquer uma. Saímos de Alvalade mais fortes. Foi uma aprendizagem para nós, pois ainda não tínhamos jogado fora contra um candidato ao título. Não nos pode abalar minimamente, tal como a derrota perante o Vizela”, expressou o técnico, de 44 anos.
Nesta ronda, defrontam-se duas equipas recém-promovidas à elite, Casa Pia e Rio Ave, respetivamente segundo e primeiro classificados da II Liga na temporada transata, com Filipe Martins a ressalvar que a base e a competência das duas formações se mantêm.
“O Rio Ave é uma equipa com muita qualidade e já fez muitas vezes provas disso. Tem um modelo de jogo bastante bem definido e que conheço bem. Já defrontei muitas vezes o Luís [Freire] e ele também conhece as minhas ideias. Vai ser um jogo definido através de pequenos pormenores, onde cada um vai tentar surpreender o outro e vai também depender da inspiração dos jogadores dentro de campo. O jogo vai ser encaixado, até pelos dois sistemas terem muitas semelhanças”, analisou, lembrando igualmente que o Rio Ave já defrontou os quatro primeiros classificados, daí o início mais complicado.
Num sábado chuvoso em Lisboa, Filipe Martins espera que, no domingo, “não chova, pois pode ser benéfico para o espetáculo”, mas salientou que, apenas se as condições forem “demasiado adversas” é que poderá obrigar o Casa Pia a abdicar da sua matriz.
“Às vezes, também podemos explorar um jogo mais direto e rápido. É um dos fatores externos ao jogo e que influencia muito, mas estamos preparados para jogar um jogo mais prático e de segundas bolas, se for preciso”, assegurou o treinador amadorense.
Recuperado de uma recaída de uma lesão sofrida no ano passado, Diogo Pinto marcou presença na conferência de imprensa de antevisão para assegurar que já se encontra a “300% para ajudar a equipa no que puder”, apesar de ausente desde o mês de agosto.
“É sempre mais difícil quando se está lesionado, vou ter tempo de readaptação, mas estou preparado para fazer o que me pedirem. Cabe ao treinador decidir, vou sempre respeitar, dar tudo nos treinos e nos jogos e ajudar no que puder”, reforçou o jogador.
O avançado, de 23 anos, recrutado este ano ao Estrela da Amadora, destacou o “rigor e organização” do Casa Pia como a maior diferença em relação a outros clubes que já representou, assim como a “pressão interna de querer ganhar e encarar o adversário sempre olhos nos olhos”, avaliando o Rio Ave como um adversário “um pouco cínico”.
“É um adversário difícil, como todos nesta I Liga. Um adversário muito perigoso, que até pode parecer um pouco cínico, às vezes. Temos de estar preparados para bolas nas costas e transições”, afirmou o atleta, com formação dividida entre Sporting e Benfica.
O Casa Pia, quinto classificado, com 17 pontos, recebe no domingo o Rio Ave, no 12.º posto, com 12, no Estádio Nacional, em Oeiras, a partir das 15:30, em encontro da 11.ª ronda da I Liga de futebol, com arbitragem de Carlos Macedo, da Associação de Futebol de Braga.
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