Vasco Seabra quer o Marítimo "ligado à ficha", apesar de garantida a manutenção na I Liga, na visita ao Vizela, que ainda não selou a permanência no patamar mais alto do futebol português, com duas rondas por disputar.

“Sentimos que temos de nos manter ligados à ficha e com o nosso espírito ambicioso. Temos um emblema para defender, não é igual nestes últimos dois jogos fazer zero, um, três ou seis, por isso queremos fazer seis”, ressalvou o técnico ‘verde rubro’. na antevisão ao embate da 33.ª jornada.

Segundo o treinador, de 38 anos, a equipa ainda não sente o espírito de “dever cumprido”, porque ainda não acabou o campeonato, garantindo que “aquilo que vem pela frente é tão importante quanto aquilo que foi conquistado até agora”.

“Aquilo que fizemos orgulha-nos, por isso, temos mais para fazer ainda. Aquilo que fizemos não chega, temos ainda dois jogos para fazer e nesses dois jogos temos de cumprir aqueles que são os nossos pergaminhos, aquilo que é a nossa ambição, a nossa luta”, destacou.

Sobre o adversário de domingo, o treinador caracterizou-o como “à imagem do seu treinador [Álvaro Pacheco], uma equipa que nunca desiste, que luta sempre com muita alma e muita paixão pelo jogo”.

Vasco Seabra relembrou a posição ainda delicada da formação que saiu derrotada no Dragão na última ronda, por 4-2, e que é 14.ª classificado com 32 pontos, seis a mais do que o Tondela que ocupa o lugar de ‘play-off’, destacando que “não vai querer ir para a última jornada a fazer contas”.

São esperados muitos adeptos maritimistas na visita ao continente, tendo Vasco Seabra admitido que o plantel tem sentido “todo o calor, entusiasmo e energia ao seu redor” até nas deslocações, mesmo com o problema da insularidade.

Apesar do forte apoio esperado, o ‘timoneiro’ relembrou ainda que o encontro vai ser num estádio muito difícil, porque “também vai ter muita gente do Vizela”.

“Não tenho dúvidas que o estádio vai estar esgotado. A energia que virá das bancadas também vai ser muita e acredito que vão ser uma equipa como têm sido ao longo da época, que nunca dá um lance como perdido, que trabalha muito e que é capaz de se entregar ao jogo”, frisou o treinador que assumiu a equipa insular à 12.ª jornada.

Apesar das dificuldades enunciadas, o líder dos ‘leões’ do Almirante Reis garante que a receita para o sucesso passa por “mostrar aquele que tem sido o ADN durante toda a época”, que assenta na “ambição de jogar para ganhar, entrega, trabalho e ser realmente uma equipa que luta por si mesma com uma vontade muito grande de vencer”.

Cláudio Winck é a grande ausência na deslocação ao norte do país. O lateral direito foi admoestado com um vermelho direto na última ronda diante do Benfica [derrota, por 0-1].

Há semelhança do que aconteceu na receção ao Sporting (1-1) para a 24.ª jornada, o extremo moçambicano Clésio Baúque pode ser adaptado e ser opção para render o brasileiro.

“A nossa confiança no Clésio é total, ainda agora jogou a titular contra o Sporting e fez um excelente jogo. Neste jogo contra o Benfica voltou a entrar e entrou muito bem”, afirmou o técnico natural de Paços de Ferreira, ressalvando que o atleta tem contrato e está nos planos para a próxima época.

O Marítimo, na oitava posição, com 37 pontos, visita o Vizela, 14.º classificado, com 32, para a 33.ª e penúltima ronda da I Liga de futebol, domingo, às 15:30, com arbitragem de Cláudio Pereira, da Associação de Aveiro.