O treinador do Marítimo, Júlio Velázquez, disse hoje que “a vitória seria extraordinária, num cenário idílico”, na antevisão ao embate de sexta-feira no reduto do Vitória de Guimarães, que abre a nona jornada da I liga de futebol.
“Temos de argumentar o suficiente para estar em posição de conseguir um resultado positivo. A vitória seria extraordinária, num cenário idílico”, destacou o técnico, em conferência de imprensa, no complexo desportivo do clube, em Santo António.
Segundo o timoneiro ‘verde rubro’, o adversário, “que luta pelo quinto lugar da I Liga”, é dotado de muita qualidade individual e “prioriza bastante a fase em que tem posse de bola”.
“É uma equipa que também tem fragilidades. Vamos tentar, com toda a humildade do mundo, que o nosso potencial e pontos fortes se evidenciem”, reforçou o treinador maritimista, relembrando que o adversário, apesar de continuar na Taça de Portugal, “teve muitas dificuldades diante de uma equipa de divisão inferior [1-0 no reduto do Oliveira do Hospital, da Liga 3].
O Marítimo contabiliza apenas uma vitória esta temporada, conseguida na segunda jornada, na deslocação ao reduto do Belenenses SAD (1-2).
“Há que contextualizar e analisar as coisas com perspetiva. É certo que no campeonato podíamos ter mais dois, três, quatro pontos, sem nenhum problema, mas, por detalhes, não conseguimos”, sublinhou Júlio Velázquez, mencionando que “o ponto (que fugiu] em Alvalade [derrota por 1-0] teria valorizado o trabalho feito”, bem como “os dois (perdidos) diante do Arouca [empate 2-2]”.
O técnico da equipa insular fez referência ao facto de o Marítimo nunca ter estado em zona de despromoção, ressalvando que o objetivo da equipa é lutar com as outras oito/nove e evitar a descida, “não pelo nome do clube e a sua história, mas pela realidade atual”.
Erros do treinador, lesões, detalhes a nível futebolístico e alguma imaturidade competitiva foram outros fatores enumerados pelo espanhol, de 39 anos, que assume a total responsabilidade pela posição da equipa, que também está fora da Taça da Liga e da Taça de Portugal, depois da derrota no último fim de semana nas grandes penalidades diante do Varzim, da II Liga.
“Houve detalhes que nos penalizaram muito. O normal era seguir nas duas taças [Portugal e da Liga]. A Taça de Portugal é uma competição muito bonita e queríamos continuar, sem dúvida nenhuma. Feriu-nos o orgulho”, frisou.
As eleições para os órgãos sociais do Marítimo realizam-se na sexta-feira, no mesmo dia em que os madeirenses visitam o Vitória de Guimarães, mas Júlio Velázquez garante que tal não afetará o desempenho da equipa.
“São situações normais da vida futebolística. Se isso nos afetasse, não estaríamos capacitados para estar no futebol. Há que ter maturidade para conviver com as diferentes situações que acontecem. O nosso foco tem de ser futebolístico, ou seja, tem de estar no jogo de amanhã [sexta-feira] com o Vitória de Guimarães”, concluiu o timoneiro dos ‘leões’ da Madeira.
O Marítimo, 13.ª classificado, com sete pontos, visita o Vitória de Guimarães, que se encontra na sétima posição, com 10, na sexta-feira, às 20:15, num encontro com arbitragem de André Narciso, da Associação de Futebol de Setúbal.
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