O treinador da União de Leiria, Manuel Cajuda, admitiu hoje existirem «muitas deficiências» no plantel, mas garantiu empenho até final para manter a equipa na Liga portuguesa de futebol.
«Vencedor é aquele que ultrapassa as dificuldades e não aquele que chora perante elas», disse o técnico, depois de reconhecer os problemas da equipa, que caiu sexta-feira, de forma provisória, para o 14.º lugar do campeonato.
De acordo com Manuel Cajuda, a União de Leiria «tem muitas deficiências e precisa de trabalhar estruturalmente outras coisas», sendo que é preciso «afastar» alguns «fantasmas».
No último fim de semana, a formação da Liga principal caiu com estrondo na terceira ronda da Taça de Portugal, ao perder por 2-1 no reduto do Alcochetense, da III divisão, mas, segundo o técnico, “ainda bem” que isso aconteceu.
Para Manuel Cajuda, a Taça de Portugal e a Taça da Liga complicam o trabalho de recuperação e preparação.
«Sei que tenho muito trabalho, talvez o que tenho para fazer na União de Leiria, em termos comparativos, seja bem superior a ganhar um título nacional, pelas dificuldades inerentes», explicou o experiente treinador.
Ainda assim, e em vésperas do encontro da oitava jornada do campeonato, Cajuda continua otimista, quanto à manutenção, e foi bem claro quanto a prioridades.
«Estou convencido de que vamos conseguir. As pessoas dizem que perdemos 50 mil euros na Taça da Liga, se não passarmos a eliminatória, mas perdemos dois milhões se descermos de divisão. Escolham o que querem perder», frisou.
No regresso da Liga, a União de Leiria (seis pontos) visita o “lanterna vermelha” Rio Ave (dois), domingo, à procura de pontos para fugir aos últimos lugares.
Manuel Cajuda assume «respeito e desconfiança» em relação ao adversário, que, «tal como a União de Leiria, é melhor do que aquilo que tem feito até agora no campeonato».
A receita para o jogo de Vila do Conde é atenção, concentração e esperança. «Não é fácil jogar contra o último. Mas queremos um resultado motivador», adianta.
Apesar do mau resultado na Taça, Cajuda diz que já se respira "outro ar" no plantel.
«As derrotas ensinam muitas coisas. Por outro lado, há outros princípios de jogo. Mas ninguém consegue fazer isso em 20 treinos e eu vou no 21.º», salientou.
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