“O problema da definição deve-se às características dos próprios jogadores: há equipas com maior facilidade do que outras em resolver no último terço, até porque elementos dessa qualidade não abundam. Tentámos treinar e passar confiança aos jogadores, para termos possibilidades de fazer mais golos”, frisou o técnico, em conferência de imprensa.
Vítor Oliveira repisou a análise feita após a derrota caseira com o Benfica (1-0), que quebrou um ciclo de quatro pontos consecutivos fora de portas, graças ao empate em Braga (2-2) e ao triunfo em Setúbal (2-1), mas não abalou “um conjunto mais sólido”.
“Melhorámos o entrosamento da equipa, o conhecimento dos jogadores e a capacidade individual. Neste momento, somos muito mais fortes do que no início da temporada. Por conseguinte, é natural que a resposta seja melhor nos jogos”, sustentou.
Recusando uma estrutura tática com dois avançados fixos, até porque “se um joga metido na defesa adversária, o outro tem de ligar o meio-campo ao ataque”, o treinador lembrou a adaptação do avançado Hugo Vieira, que foi recrutado na reabertura de mercado de transferências.
“É um jogador conhecido do futebol português, que tem as deficiências naturais de quem esteve praticamente um ano sem competir. Ainda está à procura da forma e tem de trabalhar para chegar o mais rapidamente possível à equipa principal”, apontou.
Os minhotos pontuaram seis vezes nas 15 visitas ao Bessa e Vítor Oliveira espera um Boavista “animicamente forte”, assente num “trajeto muito bom”, apesar das derrotas “perfeitamente naturais” com Belenenses SAD (2-1) e Sporting (2-0), nas últimas rondas.
“Temos armas suficientes para discutir o resultado num dos campos tradicionalmente mais difíceis do campeonato. Se formos iguais a nós próprios, poderemos ser um forte opositor e manter a dúvida do resultado até ao fim. Vai ser um jogo muito equilibrado e estamos com expectativas positivas”, projetou.
O Gil Vicente, 11.º classificado da I Liga, com 26 pontos, desloca-se ao Boavista, nono colocado, com 28, no sábado, às 20:30, no Estádio do Bessa, no Porto, em jogo da 23.ª jornada, com arbitragem do lisboeta Hélder Malheiro.
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