O Vitória de Guimarães teve na temporada 2022/23 um lucro de 6,4 milhões de euros (ME) na atividade do clube e da SAD, detentora da equipa da I Liga de futebol, de acordo com o Relatório e Contas divulgado.
Responsável pelo futebol profissional e pela maioria do futebol de formação, a SAD concluiu a época com um resultado positivo de 1,74 ME - após ter encerrado 2021/22 com um prejuízo de 13,7 ME -, mostra o documento que será votado na Assembleia Geral de 06 de outubro, publicado no sítio oficial dos vimaranenses na sexta-feira.
A melhoria do resultado financeiro da SAD dá-se após um aumento das vendas e serviços prestados, dos 11,2 ME para os 13,2 ME, e da rubrica “outros rendimentos e ganhos”, cujo valor quase duplicou dos 12,1 ME para os 23,8 ME.
Desses 23,8 ME, 22,6 ME provêm das transferências dos defesas Falaye Sacko e Abdul Mumin, dos médios Gui e André Almeida, e dos avançados Rochinha, Herculano Nabian e Bruno Duarte, no início da época 2022/23, e do defesa Ibrahima Bamba, do médio Janvier e do ponta de lança Anderson no final da época transata.
Já o clube, encarregue de outras 13 modalidades desportivas, alcançou um lucro de 4,63 ME após um resultado negativo de 312 mil euros em 2021/22, variação influenciada pela venda de ações da SAD ao fundo V Sports por 5,5 ME, aprovada em 03 de março, em Assembleia Geral, que inicialmente foi de 46% das ações antes de descer para os 29% no final de junho.
As contas consolidadas de clube e SAD mostram que os rendimentos totais cresceram 79%, dos 25,92 ME para os 45,47 ME, enquanto os gastos totais desceram 4,2%, dos 29,41 ME para os 28,15 ME.
Já o capital próprio agregado do clube e da SAD do Vitória de Guimarães aumentou dos 4,3 ME para os 10 ME, tendo acompanhado a subida do ativo dos 62,2 ME para os 68,3 ME.
O passivo, por seu turno, aumentou dos 57,9 ME para os 58,3 ME, pertencendo quase todo à SAD (53 ME), embora o passivo corrente, que, por norma, engloba todas as obrigações financeiras a cumprir no prazo de um ano, tenha descido dos 36,7 ME para os 31,7 ME.
O conselho fiscal do Vitória de Guimarães vinca, no seu parecer favorável por unanimidade ao Relatório e Contas, que a direção do Vitória deve protagonizar uma gestão rigorosa, mantendo-se atenta à evolução das taxas de juro, abrir a venda de ações da SAD a sócios e outros eventuais parceiros, com vista a um aumento de capital, e fomentar o crescimento regional do clube.
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