Atlético e Trofense viveram hoje novo capítulo da sofrida luta pela manutenção na II Liga de futebol, "anulando-se" ao empatarem 1-1, num encontro da 24.ª jornada que prometeu muito mais do que na realidade ofereceu.
Os golos madrugadores de Matheus Fonseca, para o Trofense, e João Mário, para o Atlético, aos cinco e sete minutos, respetivamente, não tiveram sequelas, fixando cedo o resultado de um jogo antecedido de um minuto de silêncio em memória do ex-futebolista internacional português Eusébio, que morreu a 05 de janeiro, vítima de paragem cardiorrespiratória.
O treinador Manuel Gomes "Neca" continua sem conhecer o sabor da vitória no comando dos lisboetas, que não ganham para as provas nacionais desde 23 de novembro de 2013, mantendo-se no penúltimo lugar, enquanto o Trofense caiu para antepenúltimo.
Os cerca de 50 espetadores que abdicaram de assistir ao “clássico” entre Benfica e FC Porto e se deslocaram à Tapadinha numa tarde muito chuvosa pareceram ter feito a escolha certa quando, indiferentes ao dilúvio que abatia sobre Lisboa, as duas equipas entraram com desenvoltura e pontaria afinada.
Foi preciso esperar apenas cinco minutos pelo golo inaugural, marcado pelo avançado Matheus Fonseca, após uma desmarcação rápida que apanhou desprevenida a defesa do Atlético, mas o conjunto anfitrião não tardou a responder na mesma moeda.
Dois minutos mais tarde, aos sete, João Mário encontrou-se sem qualquer marcação próximo da marca de grande penalidade e não teve dificuldade em restabelecer a igualdade, desviando um remate aparentemente inofensivo de Pedro Caipiro.
O encontro prosseguiu sob o signo do equilíbrio, com maior domínio da posse de bola por parte do Atlético e o Trofense sem nunca abdicar de manter em sentido a defesa anfitriã, mas as equipas pareceram ter esgotado as "munições" nos minutos iniciais e o resultado manteve-se inalterado até ao intervalo.
O "onze" lisboeta surgiu mais dominador na segunda parte, mas foi desperdiçando oportunidades para consumar a reviravolta e acabou por sofrer um duro revés quando Mauro foi expulso com cartão vermelho direto devido a uma falta violenta sobre Rateira.
A superioridade numérica não emprestou ousadia ao Trofense, que continuou mais interessado em segurar o magro ponto no reduto de um adversário direto na luta pela manutenção, enquanto o Atlético, mesmo com mais iniciativa, foi incapaz de chegar ao segundo golo.
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