Javier Tebas, presidente da liga espanhola, deu esta quinta-feira uma conferência de imprensa sobre a Superliga Europeia na qual falou sobre a traição dos três clubes espanhóis.
A competição: "Está a ser desfazer-se como um torrão açúcar. O negativo é a mensagem que foi passada. Eles não podem dizer-nos que vêm salvar-nos da ruína, porque não é verdade. Nem que não prejudicam as competições nacionais. Prejudicam sim, economicamente e a nível desportivo. Além disso, se fosse uma competição assim tão boa, não a teriam feito secretamente".
Negociações: "Já tinham existido conversas, mas nunca tinha sido feito nada como agora. A sociedade não se tinha estabelecido. O grande problema não é a falta de receita para os jogadores em vez de terem seis Ferraris terem sete. O grande problema é a distribuição. A minha posição sempre foi muito clara: não é um problema de receita, mas de racionalização de despesas".
Os clubes da Superliga: "Houve diálogo até sexta-feira. Eles votaram pela reforma da Liga dos Campeões e, de repente, publicaram aquele comunicado no domingo. Alguns clubes não gostaram da nova Liga dos Campeões e decidiram reinventar o sistema."
Há futuro para a prova? "Não sei se é a 'bi Superliga' ou a 'Tri Superliga', porque restam duas ou três equipas. Não se pode criar o que eles querem criar. As equipas alemãs nunca vão estar lá. Os clubes franceses nunca vão participar nesta competição. A Superliga, como foi concebida, está morta. Temos de ser realistas. Bater agora à porta para uma negociação seria cínico."
Recuperar a confiança dos três clubes: "Não abandonaram a LaLiga. Aqui são como os outros e vamos continuar a tê-los com o mesmo carinho. Quanto aos presidentes dos três clubes... com o Florentino não falo sobre isso há muito tempo. A Laporta aviso que os números que lhe deram não eram verdadeiros. Já Miguel Gil Marín não esteve em negociações clandestinas. Foi chamado à última hora a aderir e creio que o Atlético de Madrid não esteve em negociações da Superliga, mas vou falar com ele quando tudo isso acabar."
Traição: "Quando sabes que estão a trabalhar na clandestinidade, já não te surpreende. Em algumas declarações do presidente do Real Madrid, como salvador do futebol, talvez tenha sentido traição sim. Ele traiu e desrespeitou todos nós. O Atlético de Madrid já não está na Superliga, ao contrário de Laporta, que continua a dizer que é necessária."
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