A Guarda Nacional Republicana (GNR) explicou ter usado a “força necessária” junto dos adeptos do Feirense, depois de uma agressão a um agente, no final da partida da II Liga de futebol com a Oliveirense, no sábado.
Em comunicado enviado, a força de segurança afirmou que teve de intervir ainda na primeira parte, aquando do primeiro golo do Feirense, quando os adeptos “que se encontravam na zona do estádio com condições especiais de acesso e permanência subiram violentamente o gradeamento, resultando na abertura de porta de emergência”, tendo sido necessária a criação de um “cordão de segurança”.
Já perto do final da partida – nos descontos – o Feirense beneficiou de uma grande penalidade convertida por Camará, mas que o árbitro anulou porque o avançado escorregou e a bola bateu nos dois pés, com o encontro a terminar com o empate 1-1, no Estádio Carlos Osório, na 17.ª jornada da II Liga de futebol.
De acordo com a GNR, após esse lance “alguns dos adeptos do Clube Desportivo Feirense treparam, violentamente, o gradeamento de metal, injuriando, incentivando à violência e cuspindo nos adeptos adversários, entre os quais menores e idosos”, obrigando a novo cordão de segurança.
“Neste seguimento, um dos adeptos, com uma atitude exaltada, recusou-se a descer do gradeamento, tendo sido interpelado por um militar da Guarda com o intuito de acalmá-lo e fazer cessar a ação. De uma forma inusitada e inesperada, este adepto tomou uma atitude violenta, empurrando o elemento da força de segurança, proferindo ameaças e expressões injuriosas”, pode ler-se na nota.
Durante esta altercação, um outro militar envolveu-se com o “intuito de precaver um litígio de maior expressão”, deslocando-se junto do adepto para que este mantivesse a calma e fosse para longe do gradeamento.
Nesse momento, “o adepto verbalizou injúrias e ameaças, desta feita de tal forma violenta e exaltada, e agrediu este militar da Guarda com socos no peito e braços”.
“Não se vislumbrando outra solução para fazer cessar o conflito e a violência, foi emanada voz de detenção ao adepto em causa. Tendo sido indispensável utilizar a força estritamente necessária para encaminhar o ora detido para fora da zona onde se encontravam os restantes adeptos, que reagiram desproporcionadamente, sendo acionadas duas equipas do Destacamento de Intervenção que se encontravam de reserva, para a bancada dos adeptos do Clube Desportivo Feirense, por forma a sanar a contenda verificada”, justificou a GNR.
O documento refere ainda que, em resultado desta altercação, os “militares apresentaram ferimentos ligeiros” e foi “prestado todo o auxílio médico aos adeptos que apresentavam ferimentos ligeiros”, registando ainda um tratamento hospitalar a um adepto “com dores nas costas”, que foi encaminhado para o Hospital de Santa Maria da Feira.
Ainda no sábado, a SAD do Feirense repudiou os “atos de violência” da Guarda Nacional Republicana (GNR) sobre os adeptos ‘fogaceiros’. Em comunicado divulgado no site oficial, a SAD do Feirense lamentou e repudiou, “de forma veemente, os atos de violência registados no final da partida diante da UD Oliveirense”.
“A Guarda Nacional Republicana carregou sobre os nossos adeptos, sem que nada o justificasse, causando o pânico entre os presentes, incluindo mulheres e crianças”, pode ler-se nessa nota, acompanhada por quatro fotografias de dois dos adeptos alegadamente agredidos no Estádio Carlos Osório.
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