O treinador do Penafiel, Paulo Alves, disse hoje querer fechar rapidamente a permanência na II Liga de futebol, assegurando que a equipa vai manter a ambição de vitória até final, apesar de ir defrontar três candidatos à subida.
"Faltam quatro jogos e temos oito pontos de vantagem. É uma boa vantagem, mérito da equipa e dos jogadores, mas [a permanência] ainda não é definitiva e obriga-nos a máxima concentração. Sem estar fechada, enquanto não ficar matematicamente garantida, não posso falar em missão cumprida", disse Paulo Alves à agência Lusa.
O Penafiel detém o recorde de invencibilidade na II Liga, o que acontece há 18 jogos consecutivos, desde a 25.ª jornada, num registo que o técnico associa à mensagem interiorizada pelo plantel de "não desistir nunca".
"Quando chegámos as coisas não estavam fáceis e a equipa, que tinha sido pensada para subir de divisão, estava descrente. As expetativas estavam frustradas e foi preciso reconfigurar os objetivos, ‘virar o bico ao prego', como se diz", sublinhou.
O técnico, de 46 anos, insistiu na tese de que "a equipa percebeu a mensagem" e "assimilou bem a ideia" de que "tinha de ser organizada, consistente e, não menos importante, não desistir nunca".
"[O Penafiel] Tem competências para se bater com qualquer adversário e hoje a equipa percebe que pode ganhar em qualquer campo", acrescentou Paulo Alves, sem esconder "um certo amargo de boca", por considerar que o registo pontual "podia ser um pouco melhor".
O antigo campeão do mundo de sub-20, em Riade1989, alegou que "o Penafiel foi claramente superior em vários [dos 12] empates", a partir da avaliação ao domínio do jogo e ao número de oportunidades de golo.
Neste percurso imaculado desde 10 de janeiro, data que assinala a última derrota do Penafiel no campeonato (em Matosinhos, frente ao Leixões, por 1-0), o extremo brasileiro Kalindi, de 22 anos, ganhou preponderância na equipa e mereceu elogios do técnico que o adaptou a defesa direito.
"Na altura, um dos laterais do plantel [Tiago Rosa] tinha um problema de longa duração, o outro [Luís Dias] ficou na mesma a seguir e vimo-nos sem soluções. Tivemos de arranjar soluções e o Kalindi, que é avançado, teve mérito de querer aprender, soube agarrar a oportunidade e é hoje uma peça importante", acrescentou.
O Penafiel, destacado no 12.º lugar, com 56 pontos, vai defrontar o Portimonense, no domingo, encontrando ainda os também candidatos à subida Freamunde e Famalicão nas jornadas finais, em jogos intervalados pelo quase condenado Oriental.
"Neste momento, queremos continuar a fazer o nosso trabalho, sendo sérios e rigorosos, sem distinguir os adversários, e acabar com qualquer tipo de dúvidas sobre a nossa permanência. Acredito que nos faltam poucos pontos e não há que precipitar exatamente nada", concluiu Paulo Alves, cujo contrato com o Penafiel termina no final da época.
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