Lopes de Castro, presidente do Varzim, clube recentemente promovido à Liga de Honra de futebol, garantiu na segunda-feira que abandonará o cargo caso não consiga que a equipa participe no campeonato profissional.
O emblema poveiro tem até às 18:00 de quarta-feira para saldar um débito de 600 mil euros junto das Finanças, para obter certidões de não dívida e poder inscrever jogadores na Liga Portuguesa de Futebol.
A menos de 48 horas do fim do prazo, o presidente do Varzim confessou que «há poucas probabilidades de reunir esse dinheiro», e em caso de falhanço garantiu que assumirá «as responsabilidades».
«A acontecer a não inscrição da equipa serei eu o responsável e não terei condições para continuar. Não fará sentido falhar e manter-me no clube», garantiu o dirigente.
Lopes de Castro falou no final de uma reunião do Conselho Varzinista, órgão consultivo do clube, que se realizou na terça-feira à noite para analisar a situação.
«Temos em curso uma negociação, mas poderá não resultar em tempo útil. Diferentes hipóteses foram colocadas, mas não temos tido a compreensão das Finanças», disse o dirigente.
Caso o Varzim não consiga resolver o seu problema, o clube voltará competir na zona norte da II divisão nacional, uma prova não profissional.
Lopes de Castro garantiu, ainda assim, que a sobrevivência do clube não está causa: «Competiremos no mesmo escalão da temporada passada, em que fomos campeões, e iremos manter todos os escalões da nossa formação em atividade».
O presidente do Varzim pediu aos sócios «o benefício da dúvida até quarta-feira pelo trabalho e os esforços da direção do clube para resolver o problema».
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