O presidente do Freamunde, Miguel Pacheco, confirmou hoje a existência de salários em atraso e adiantou que só o estabelecimento de parcerias permitirá ajudar a resolver a debilitada situação financeira do clube da Segunda Liga.
"A situação financeira é um bocado má e as contas não estão regularizadas", disse Miguel Pacheco à agência Lusa.
Sem adiantar mais do que o essencial, argumentando não possuir "todos os dados necessários disponíveis", admitiu que "o problema vai para além de um mês" e fez questão de reafirmar os esforços que a sua direção tem feito no sentido de encontrar soluções.
"A luta contra a falta de dinheiro é constante. Existem boas perspetivas de realizarmos importantes encaixes, através de parcerias, mas, que fique bem claro, nada está ainda concretizado", afirmou.
Para Miguel Pacheco, "é evidente que só as receitas conseguidas na terra e através da massa associativa não chegam" para cumprir as obrigações do clube, sublinhando a importância de "um apoio estratégico".
"Os indicadores são bons. As soluções que estamos a estudar podem passar por parcerias com entidades estrangeiras ou nacionais, sendo que esta diversidade, resultante do excelente campeonato que temos feito, é positiva. Quando existir algo de concreto, os sócios serão os primeiros a saber", acrescentou.
Miguel Pacheco admitiu, por outro lado, que a saída recente do internacional guineense Edson, por mútuo acordo, que se transferiu entretanto para a Oliveirense, do Campeonato Nacional de Seniores, pode não ser a única mudança no grupo de trabalho.
"Em janeiro, poderá haver outras alterações, mas esta possibilidade só avançará se o plantel não perder qualidade e será enquadrada numa medida para reduzir custos", explicou.
O presidente do clube nortenho prometeu ainda "continuar atento às arbitragens", fazendo "chegar às instâncias competentes a preocupação do clube", após a polémica derrota caseira diante do Olhanense (2-0), no último domingo, iniciada com a marcação de uma grande penalidade controversa.
"Esperamos que não se repita o que aconteceu no domingo. Temos vindo a alertar as instâncias competentes e iremos continuar a fazê-lo, mesmo conscientes de que não adianta espicaçar, porque os 'pequenos' levam sempre por tabela", afirmou o presidente de um dos clubes revelação da II Liga, atualmente no terceiro lugar.
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